O astro belga Kevin de Bruyne durante um amistoso contra o Luxemburgo (3-0), de preparação para a Eurocopa, em 8 de junho de 2024
KENZO TRIBOUILLARD
O astro belga Kevin de Bruyne durante um amistoso contra o Luxemburgo (3-0), de preparação para a Eurocopa, em 8 de junho de 2024
Kenzo TRIBOUILLARD

Dezoito meses depois de uma Copa do Mundo do Catar para ser esquecida, a Bélgica, enfraquecida na defesa e sem Thibaut Courtois, inicia a investida rumo ao seu primeiro título importante com a estreia diante da Eslováquia nesta segunda-feira (17), pelo grupo E da Euro-2024.

Devido ao mau desempenho, às precárias condições físicas de seus astros, a um mal estar palpável no vestiário e à falta de ideias do espanhol Roberto Martínez ao final de seu ciclo como técnico da equipe, os 'Diabos Vermelhos' viveram seu inferno pessoal no Catar.

Essa competição foi também a última da famosa 'geração de ouro' belga, que nunca conseguiu converter o seu talento em títulos. Eden Hazard, um de seus maiores destaques, pendurou as chuteiras depois daquele enorme fiasco, que até hoje deixa marcas.

"Acho que todos estão com fome, mas temos de tornar o ambiente o mais positivo possível porque não é fácil passar muitos dias e semanas juntos", disse o novo treinador Dominic Tedesco ao site da Uefa.

- De Bruyne e Lukaku lideram equipe -

Um ano e meio depois da chegada do técnico germano-italiano, a Bélgica não está entre as favoritas ao título e chega discreta, após a decepção na Copa do Mundo de 2018, em que perdeu a semifinal para a França, e as derrotas nas quartas de final das duas últimas Eurocopas.

"Sinceramente, não me importo com o nosso status. Se somos favoritos ou não, isso não muda nada (...) O mais importante é que nós, no vestiário, criemos", disse o zagueiro Timothy Castagne.

Invicta nos 14 jogos sob o comando de Tedesco (10 vitórias e 4 empates), a Bélgica voltará a apostar no seu ataque, que marcou três ou mais gols na metade desses jogos.

No comando estão os inesgotáveis Romelu Lukaku e Kevin de Bruyne, capitão, duas estrelas de quem dependem em grande parte as chances da Bélgica na competição.

Mas os 'Diabos Vermelhos' também contam com Charles de Ketelaere, imparável este ano jogando pela Atalanta, e Jeremy Doku, uma das revelações do todo-poderoso Manchester City.

Mas o ponto fraco da equipe é a defesa, que chega fragilizada à Alemanha.

- Casteels substitui Courtois -

O veterano Jan Vertonghen (de 37 anos) e Arthur Theate não estão totalmente curados de seus desconfortos, Axel Witsel treina separadamente e Thomas Meunier continua se recuperando de uma lesão na coxa direita na Bélgica, sem data prevista neste momento para voltar à seleção.

Na defesa de quatro que Tedesco deverá colocar em campo, Castagne, com 43 jogos pela seleção belga, será o mais velho da provável defesa titular, ao lado de Zeno Debast, Wout Faes e Maxim de Cuyper, que juntos somam 25 jogos pela Bélgica.

Na baliza, Koen Casteels terá a difícil tarefa, com quase 32 anos, de fazer esquecer o emblemático Thibaut Courtois, que Tedesco não levou para a Alemanha apesar da conquista da Liga dos Campeões com o Real Madrid.

Já a Eslováquia, em sua terceira participação numa Eurocopa, garante que não chega ao torneio para ser uma mera vítima.

"Nosso goleiro (Martin) Dubravka me disse que se eu não marcar duas vezes contra os belgas, ele vai me dar um tapa (risos). Mas sei o que ele quer dizer: temos que jogar com confiança, mesmo que não sejamos favoritos. Todos acreditamos”, brincou Lukas Haraslin, atacante do Sparta Praga, durante a coletiva de imprensa.

    AFP

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