Um simples anel metálico que fará com que o fogo seja refletido em uma superfície ondulada: o Comitê Organizador dos Jogos de Paris 2024 apresentou nesta segunda-feira (6) os caldeirões nos quais o fogo olímpico repousará à noite durante o percurso da tocha pela França.
A chama olímpica, acesa em 16 de abril em Olímpia, na Grécia, chegará a Marselha a bordo do veleiro Belém na próxima quarta-feira (8).
Da cidade portuária do Mediterrâneo, iniciará uma viagem por toda a França, percorrendo 450 cidades e sendo revezada por 11 mil pessoas, até chegar em Paris no dia da cerimônia de abertura, 26 de julho.
Mas durante este período, a chama repousará em um caldeirão com formato de anel em aço inoxidável e com 1,35 m de diâmetro. A estrutura ficará suspensa sobre uma base coberta por uma chapa ondulada com efeito d'água, criada pelo designer Mathieu Lehanneur.
"É um objeto extremamente simples. É um anel que parece suspenso, flutuando sobre uma base que lembra a água", disse ele durante a cerimônia de apresentação da estrutura.
A ideia era fazer "um símbolo da fraternidade" e, segundo o artista, o anel é "o símbolo mais claro e imediato para recordar" esta característica, declarou.
Ao todo, foram construídos 20 caldeirões para cobrir o revezamento olímpico e paralímpico.
Tecnicamente, o interior do anel contém 260 micro-furos de apenas um milímetro e meio para passar o gás que manterá a combustão, através de tubos escondidos nos pés do objeto.
Lehanneur também é o criador das tochas, que diferentemente das edições anteriores, não serão vendidas aos que carregarão a tocha, uma vez que foram produzidas menos unidades em comparação a outras edições.
Os participantes do revezamento, contudo, receberão um anel de aço dourado, uma réplica do "coração da tocha", sobre o qual estará escrito "Portador da chama - Paris 2024" .