Botafogo e Santos empataram em 2 a 2 neste domingo (26), no Estádio Nilton Santos, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro.
Apesar do placar movimentado, o desempenho técnico deixou a desejar: os dois times cometeram muitos erros, desperdiçaram oportunidades e protagonizaram mais discussões com o árbitro do que lances criativos.
A arbitragem de Rodrigo José Pereira de Lima distribuiu seis cartões amarelos e recorreu ao VAR em lances decisivos, o que fragmentou o ritmo do jogo e aumentou a irritação de jogadores e técnicos em campo.
Primeiro tempo com gols, mas pouca organização
O Botafogo começou em ritmo acelerado e abriu o placar logo no primeiro minuto, com Joaquin Correa aproveitando passe de Jefferson.
A vantagem, porém, não refletiu domínio: o time recuou demais e permitiu que o Santos crescesse com posse de bola.
O empate veio aos 26 minutos, com Souza pegando rebote dentro da área.
A defesa carioca mostrou desatenção, e a equipe paulista aproveitou. Ainda antes do intervalo, Correa voltou a marcar, desta vez em jogada individual, mas o gol mascarou um desempenho coletivo instável e sem coordenação ofensiva.
Segundo tempo truncado e tensão crescente
Após o intervalo, o jogo se tornou mais truncado. Faltas em excesso, discussões com a arbitragem e passes errados marcaram o início da segunda etapa.
O Santos chegou ao empate aos 70 minutos, quando o árbitro confirmou pênalti de Vitinho após revisão do VAR. Álvaro Barreal converteu com categoria.
O restante da partida foi dominado pelo nervosismo. Allan, Marlon Freitas e Luan Peres foram advertidos, e até os técnicos Davide Ancelotti e Juan Vojvoda se mostraram insatisfeitos com o ritmo da partida. Faltou fluidez e sobrou reclamação.
Análise: empate com gosto amargo para os dois lados
O empate manteve o Botafogo no G-4, mas evidenciou velhos problemas: dificuldade de criação, dependência de jogadas individuais e falhas na recomposição defensiva.
O Santos, por sua vez, mostrou entrega, mas pouco repertório ofensivo — seus dois gols nasceram de bolas paradas e erros do adversário.
A falta de intensidade, aliada às pausas constantes para atendimento médico, revisão de lances e substituições, transformou o jogo em um espetáculo arrastado.
Nem mesmo as entradas de Willian Arão e Savarino deram novo fôlego à partida.
Em resumo, o 2 a 2 refletiu mais as limitações das equipes do que o equilíbrio técnico: foi um empate de desgaste, não de qualidade.
Repercussão
Davide Ancelotti admitiu frustração com o resultad. Do outro lado, Juan Vojvoda valorizou a reação do Santos.
Torcedores, porém, não pouparam críticas nas redes sociais, classificando o duelo como “monótono” e “difícil de assistir”.