Daniel Alves depôs na última segunda-feira (17) pela última vez na investigação que acusa o jogador de estupro. Ele modificou pela quinta vez o depoimento, desta vez admitindo ter havido penetração em um dos banheiros da boate 'Sutton', em Barcelona.
O jornal 'El Periódico' publicou com exclusividade uma fotografia da suíte que Alves e seu amigo tiveram à disposição na noite de 30 para 31 de dezembro. O banheiro do cômodo privado é fundamental para a investigação.
Segundo relatos, o ex-jogador do Barcelona sempre solicitava a sexta mesa do piso VIP, a única que tem acesso a uma das salas mais privadas do clube.
No dia, Alves solicitou que a vítima sentasse com ele e seus dois amigos. Inicialmente, ela se recusou, mas depois aceirou e entrou na área VIP, que possui uma porta clandestina ao lado por onde se acessa a área reservada.
A sala tem uma área privada em que há uma poltrona comprida e outros pequenos lugares para sentar em uma praça. Além disso, há uma televisão e uma mesa. O banheiro onde ocorreu a alegada violação fica antes de subir as escadas que dão acesso a esta zona. Veja a imagem:
Os advogados de Alves tentam provas que a vítima foi ao banheiro conscientemente, para provar o ponto que as relações foram consentidas. Para isso, contam com um vídeo de doze minutos e um recurso de 200 páginas no qual acreditam provar que há várias sequências de beijos trocados e que o clima era descontraído o tempo todo.
Segundo depoimento de trabalhadores da boate à TV local, esse ambiente é usualmente acessado por por homens com dinheiro. A função das duas funcionárias era escolher as moças que elas achavam que poderiam atrair a atenção de seus clientes ou, diretamente, oferecê-las.
“A maioria das pessoas que têm acesso a estadias VIP aceitam porque é grátis”, disse à TV María Segarra.
“Trabalhando no bar tive que sair e chamar o segurança para levar uma menina embora, porque se ela não fosse com um homem mais velho você não sabia de onde ela tinha vindo”, confessou antes de admitir que acredita que existe houve mais casos como o de Alves, mas que não foram descobertos.