Estamos vivendo os últimos tempos antes do início da Copa do Mundo, e o técnico Tite ainda não definiu a lista para o Mundial do Qatar. A grande dúvida no momento, que toma conta das discussões pelo país, é se o atacante Pedro, do Flamengo, merece ser chamado.
Com características diferentes dos que hoje vestem a Amarelinha, o centroavante de 25 anos tem a chance de ser chamado mais uma vez nesta sexta-feira, quando Tite anuncia os nomes para os amistosos deste mês, contra Gana e Tunísia.
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E a não convocação de Pedro, na opinião deste que vos escreve, seria um erro por parte do treinador da Seleção Brasileira. O camisa 21 rubro-negro faz sua melhor temporada na carreira, com 24 gols marcados e dez assistências em 51 jogos, e pode somar ao elenco que disputará o torneio da Fifa no Oriente Médio.
Durante todo o seu tempo à frente do Brasil, Tite nunca teve um jogador parecido com Pedro. O atleta do Flamengo é o típico "camisa 9 clássico", que sabe segurar o jogo, fazer o pivô e concluir a jogada com perfeição, mas também é inteligente para sair da área, clarear lances e servir seus companheiros.
Hoje, quem mais se aproxima de Pedro é Matheus Cunha, do Atlético de Madrid, mas que mesmo assim tem algumas diferenças e que não conseguiu render quando vestiu a camisa da Seleção principal. Nas Olimpíadas, o centroavante foi bem, mas a princípio seria reserva justamente de Pedro, que não foi liberado pelo Flamengo.
Pedro tem apenas 14 minutos pela Seleção (Foto: Lucas Figueiredo / CBF)
Além do jogador do time da capital espanhola, Tite conta ainda com Gabriel Jesus e Richarlison, mas que são nomes que não entregam as mesmas características que o camisa 21 rubro-negro. Por isso, a chance deve ser dada agora.
Tite sempre falou que admira Pedro e que gostaria de testá-lo na Seleção Brasileira. Pesava contra, porém, o fato do centroavante ser reserva no Flamengo e ter poucos minutos. Com a grave lesão sofrida por Bruno Henrique, o atleta aproveitou sua chance e faz por merecer a convocação.
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E que o discurso de que "o Pedro sequer foi testado" não seja levado em consideração. Em 1994, Ronaldo Fenômeno estreou às vésperas do Mundial dos Estados Unidos e fez parte do grupo tetracampeão. Seis anos mais tarde, em 2002, na Coreia do Sul e Japão, Kleberson foi a surpresa, em situação semelhante à de Ronaldo em termos de minutos jogados. Acabou como titular e dando assistência na final.
Futebol não deve ser levado em consideração apenas o momento, mas deixar isso de lado é um erro. Em 2010, Neymar e Ganso, à época surgindo no Santos, não foram levados por Dunga e poderiam ter feito a diferença na África do Sul. Portanto, a vez de Pedro merece ser respeitada.
Pedro é o artilheiro da Libertadores 2022 com 12 gols em 12 jogos (Foto: Armando Paiva / Lancepress!)