Após o empate em 1 a 1 entre Palmeiras e Flamengo, pelo Brasileirão
, o técnico Abel Ferreira concedeu entrevista coletiva no Allianz Parque. Nela, o comandante alviverde falou sobre as críticas recebidas de outros treinadores do cenário nacional.
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Nas últimas semanas, Cuca, do Atlético-MG, Jorginho, do Atlético-GO, e Mano Menezes, do Internacional, dispararam fortes declarações contra o comportamento do português na beira do campo e nas entrevistas.
- Odeio perder, não quero fazer amigos dentro das quatro linhas. Desculpa, sou assim. Quero ganhar. Mas fora, podem ter certeza que sou legal, tranquilo e tímido (risos). O futebol, e eu começo por mim... Quando falo, eu me ouço. Temos que dar exemplo para a sociedade. As pessoas aqui são muito apaixonadas pelo futebol. No meu prédio, tiro fotografias com palmeirenses, torcedores do Corinthians, São Paulo, Flamengo... Sem problema. As pessoas falam no restaurante que sou parte de tudo, mas a minha vida fora é outra coisa - disse Abel Ferreira, que prosseguiu admitindo que ‘se transforma’ em campo:
- Competindo, eu tenho que atropelar. Quando jogo com minhas filhas, minha esposa fala que eu sou insensível. Eu digo que a vida vai bater muito e temos que nos preparar. Quando estou competindo, quero ganhar. Fora, são outros quinhentos. Não tenho problema com ninguém. Estou em paz comigo e com os outros. É como eu penso. É o Abel homem, Abel treinador tem outro cenário - ressaltou.
Em um curso que esteve presente, realizado em Portugal, Abel lembrou da participação de Mano Menezes e voltou a elogiar os treinadores brasileiros, ainda que eles o critiquem.
- Vou contar um segredo: meu curso do quarto nível foi feito em Fátima. E o Mano Menezes era meu parceiro de carteira. Vimos aulas juntos. Aprendi muito com ele. Vocês sabem o que penso dos treinadores brasileiros, minha primeira chance foi com Paulo Autuori, minha primeira convocação foi com o Felipão... Conheço alguns pessoalmente: Scolari, Autuori, Mano. Mas não conheço outros. Respeito as opiniões, está tudo em paz, mas competindo eu ligo meu modo competitivo. E não tenho muito mais a dizer - citou.
Por fim, Abel Ferreira utilizou o desentendimento entre Tuchel, técnico do Chelsea, e Conte, comandante do Tottenham, em uma partida do campeonato inglês, para justificar que ‘o que acontece dentro das quatro linhas, deve morrer ali’.
- Estou bem comigo mesmo. Uma coisa é competir, e se eu tivesse perdido não estaria aqui assim. Odeio perder, tem a ver comigo. Por isso privo tanto minha parte pessoal. Me julguem como treinador, mas a parte pessoal é meu cantinho sagrado. Vocês viram Conte e Tuchel agora, faz parte. O que acontece nas quatro linhas morre ali. E vocês aqui são muito apaixonados por futebol - concluiu.