Eduardo Paes
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Eduardo Paes

O Vasco vive momentos de decisão. Em relação ao futuro do futebol do clube, com a votação da venda do departamento à 777 Partners; mas também sobre São Januário.

Uma reforma pode ocorrer a partir da transferência do potencial construtivo do estádio. O mecanismo citado geraria recursos financeiros para a obra, e depende da negociação em curso com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD).

Sobre esses assuntos, o chefe do executivo municipal da capital do estado conversou com o LANCE! .

Em quanto tempo o senhor acredita que poderá ser concluído o acordo com o Vasco para a transferência do potencial construtivo de São Januário?

- Não é porque sou vascaíno, mas o Salgado foi o primeiro (representante de grande clube carioca) a me procurar, no início do ano passado, com a questão de São Januário, com o objetivo de modernizar o estádio. Já construímos uma proposta, tem um projeto de lei pronto para ir à Câmara dos Vereadores. Estamos esperando a aprovação final da SAF, a votação em Conselho, enfim, as questões que o Vasco está discutindo internamente para que possamos avançar - ressaltou.

Houve conversas relativas a melhorias no acesso ao estádio?

- As pessoas reclamam muito do acesso a São Januário. É um clube estabelecido em uma área muito adensada, urbana, que não vai dar para fazer muita revolução ali. O que nós buscamos nesse momento é permitir que a transferência de potencial construtivo que se faça - ou seja, a venda que o Vasco fará - seja vinculada e amarrada às obras de reforma de São Januário - explicou, antes de prosseguir:

- Por exemplo: se as obras da reforma custam R$ 300 milhões - estou aqui falando um valor aleatório -, se essa operação que estou falando renderá R$ 200 milhões ao Vasco, não se pode comprar jogador, não se pode pagar dívida com isso - lembrou.

Pessoalmente, enquanto vascaíno, o que pensa do processo e da oferta da venda da SAF? A operação será votada pelos sócios em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) neste domingo.

- Eu sou favorável. Acho que os clubes brasileiros têm que se profissionalizar. Vejo como uma profissionalização. Se você me perguntar, acho que o Vasco vale mais. De verdade, sem paixão, mas é um pouco do preço que se tem a pagar da situação em que nós chegamos. Por medidas amadoras, por equívocos cometidos, por ter se permitido ir para a segunda divisão por tanto tempo. Isso tudo nos coloca em uma posição mais frágil e acaba se vendendo por um preço mais barato - entende.

O senhor é sócio: vai votar neste domingo, na AGE?

- Não vou votar.

Mas está otimista?

- Estou otimista, mas Vasco da Gama e Portela eu só acompanho de longe. Não voto, nem faço política.

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