reforço do América Locomotiva após atuar o primeiro semestre no Cruzeiro FA. O jogador volta ao time que o revelou ao esporte com a missão de comandar o ataque e melhorar o rendimento do time na disputa da Liga Brasileira de Futebol Americano (Liga BFA).
Gute começou no futebol americano aos 14 anos na equipe júnior do América Locomotiva em 2013. Três anos depois, ele subiu para o time adulto para compor o elenco como o terceiro quarterback.
Nos anos seguintes, ele foi evoluindo até assumir a titularidade em 2020. Mas, com a pandemia da Covid-19, o FABR teve uma paralisação de dois anos. Em 2022, o jovem jogador de, 24 anos, foi para o Cruzeiro FA com o objetivo principal de trabalhar com o head coach Marcus Herford. Contudo, em maio, o treinador norte-americano deixou o clube celeste para ir trabalhar em um clube da Alemanha.
Depois disso, Gute ajudou o Cruzeiro FA a conquistar o primeiro título da sua história: o Gerais Bowl. Na sequência, o time foi vice-campeão do Minas Bowl. Após a competição, o time celeste contratou o quarterback Álvaro Fadini e Gute preferiu deixar a equipe para retornar ao América Locomotiva.
Confira abaixo uma entrevista da Agência Valinor Conteúdo/Lance! com Gute sobre esse retorno ao América Locomotiva, um balanço sobre a passagem no Cruzeiro FA e as ambições do Coelho no FABR.
- Como foram as negociações para você voltar ao América Locomotiva?
As negociações com o Locomotiva aconteceram há algum tempo. Não é segredo para ninguém que o principal motivo pela minha ida e do Vitinho (DB) para o Cruzeiro FA foi a vinda do coach Marcus Herford. Naturalmente, com a saída dele em maio, o Locomotiva nos contatou para voltarmos. Tivemos algumas reuniões com a diretoria de ambas as equipes para entender como estava o planejamento para o ano, buscando aquele que nos daria a melhor estrutura - sempre de forma transparente. No final das contas, acabamos optando pela volta ao Locomotiva.
- Qual o balanço que você faz da sua passagem pelo Cruzeiro FA?
Avalio minha passagem no Cruzeiro como extremamente positiva. Nos primeiros meses, tive a oportunidade de aprender com um técnico estadunidense e competir pela minha posição no elenco com os quarterbacks que já estavam lá, o que é sempre positivo. Após a saída do Marcus, trabalhei como uma espécie de “co-coordenador ofensivo” junto com a Izabella Ravaiane, atuando ativamente no planejamento de treinos e jogos, além da instalação de jogadas, o que me forçou a estudar ainda mais o esporte. Por fim, foi um prazer enorme jogar com os atletas que conheci no time. Espero ter influenciado na evolução de cada um deles, assim como eles influenciaram na minha.
- Sua saída do Cruzeiro FA tem alguma relação com a chegada do Álvaro Fadini?
Com certeza, foi um dos fatores determinantes na decisão. O Álvaro é um dos melhores quarterbacks do Brasil e certamente teria sido uma grande oportunidade de aprender com ele. No entanto, neste momento da minha carreira, o projeto apresentado pelo América Locomotiva fez mais sentido para os meus objetivos, que são me desenvolver como atleta e ajudar ao máximo a equipe à minha volta.
- O América Locomotiva está tendo um ano com mais dificuldades. Mas com a sua chegada e também de outros reforços (como o Alex Cardenas) você acredita que o time pode melhorar o rendimento?
O começo do ano foi marcado por uma renovação de elenco e reestruturação. Para esse segundo semestre, o projeto criou uma base competitiva, bem como reforçou o elenco e a comissão técnica. Neste meio de ano, creio que estamos em um processo de mudança de paradigma. As coisas já estão mudando e, com algumas novidades que ainda serão anunciadas, acredito que estamos em um processo positivo de evolução da mentalidade e da estratégia dentro e fora de campo.
- Quais as pretensões do América Locomotiva para as próximas competições?
Neste ano, temos o objetivo de vencer todos os jogos que nos restam na temporada regular e avançar o mais longe possível nos playoffs da Liga BFA.
Com a chegada dos reforços dentro de campo e na comissão técnica, creio que temos o elenco e a estrutura necessária para cumprir esse objetivo.
- O América Locomotiva é o precursor do FA em MG, mas com a chegada do Galo FA e o crescimento do Cruzeiro FA o time perdeu a hegemonia no estado. Como competir com esses dois projetos que possuem grande investimento?
Em Belo Horizonte, tendo em vista o desenvolvimento do projeto do Galo FA, cujo investimento é sem precedentes no Brasil, existe uma grande pressão por resultados. Não vejo isso como algo negativo: cria competição e pressiona as equipes a se adaptarem. No caso do América Locomotiva, a forma de se competir nesse cenário é criando um projeto sustentável com uma comissão técnica capacitada para não só desenvolver, mas também reter atletas. O Locomotiva tem uma das melhores estruturas do Brasil. É uma equipe organizada, com experiência e que está se adaptando a um novo cenário do esporte. Acredito que, com algumas novidades no projeto, teremos a base necessária para ser um dos melhores times do Brasil no médio prazo.