ANÁLISE: Resiliente contra o Galo, Corinthians cria casca e prova que pode brigar pelo título brasileiro
Rafael Marson
ANÁLISE: Resiliente contra o Galo, Corinthians cria casca e prova que pode brigar pelo título brasileiro


O Corinthians encerrou o primeiro turno do Campeonato Brasileiro com uma expressiva vitória de virada sobre o Atlético-MG . Mais uma vez, o Timão não teve atuação impecável, mas como nos times de 2015 e 2017, mostrou maturidade em campo e foi letal no ataque para conquistar os três pontos.

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Segundo o Footstats, o clube do Parque São Jorge é o terceiro com menos finalizações certas na Série A, com média de 3,7 chutes certos por partida. No entanto, é o time que precisa de menos finalizações para marcar (um gol a cada 7,2 chutes).

Os números se provaram verdadeiros mais uma vez no Mineirão. O Atlético-MG dominou as ações no primeiro tempo e merecidamente foi para o intervalo com vantagem. Keno aproveitou o espaço dado pela defesa corintiana e acertar um belíssimo chute de direita, no ângulo de Carlos Miguel.

O Timão sofria para conseguir neutralizar as triangulações do Galo pelos lados do campo, e os meias pareciam desconexos do jogo, especialmente Giuliano. O camisa 11 teve outra atuação apagada, jogando em sintonia abaixo dos seus companheiros.

Vítor Pereira percebeu que precisava mudar a dinâmica e o ânimo do time e voltou para o segundo tempo com Cantillo e Róger Guedes nas vagas de Giuliano e Willian, respectivamente.

O colombiano ajudou o Corinthians a trocar passes com mais calma e fluidez, e o camisa 9 foi um escape pela esquerda. As mudanças melhoraram o clube paulista, que passou a ditar o ritmo da partida no ataque.

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20 minutos depois, Mosquito e Roni entraram e também causaram impacto positivo, assim como Giovane, que substituiu Adson aos 30 minutos do segundo tempo. Mesmo assim, a equipe rondava a área de Everson mas não conseguia encaixar uma boa oportunidade.

Foi então, aos 34 minutos, que a competência se uniu ao imponderável e o Corinthians conseguiu o empate após o cruzamento de Fagner sofrer desvio e Fábio Santos, como um 9 clássico, se abaixar para cabecear e estufar as redes de Everson.

Se no primeiro tempo o Timão sofreu mentalmente após sair em desvantagem, o gol do lateral-esquerdo deu uma injeção de ânimo ao time paulista e fez os jogadores do Galo sentirem o golpe.

Com o apoio da torcida, que mais uma vez deu show fora de casa, cantando do minuto inicial até o apito final, a equipe de Vítor Pereira foi para cima e demorou apenas quatro minutos para virar o jogo.

E novamente foi com o dedo do treinador. Giovane, aposta de Vítor nas últimas partidas, sofreu pênalti de Júnior Alonso. Com a calma e frieza que lhe é característica, Fábio Santos converteu a penalidade, sacramentando o resultado em Belo Horizonte.

A equipe treinada por Vítor Pereira mostrou na primeira metade do Brasileirão uma virtude fundamental de um time vencedor: resiliência. Não importa o local, situação ou adversidade, o Corinthians sempre vai lutar e arrumar jeitos de pontuar.

Se no início do campeonato o Timão era tratado como 'patinho feito', a atuação contra o Atlético-MG é mais uma prova que mesmo com o caótico calendário brasileiro e vivo nas três frentes, o clube do Parque São Jorge pode brigar por todos os títulos, especialmente com a volta dos lesionados e os novos reforços.

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