'Abalo emocional'? Entenda pontos que podem explicar derrotas do Palmeiras em pênaltis
Julia Mazarin
'Abalo emocional'? Entenda pontos que podem explicar derrotas do Palmeiras em pênaltis


O Palmeiras foi eliminado pelo rival São Paulo nas oitavas da Copa do Brasil. O resultado marcou a quinta derrota alviverde nas últimas cinco decisões por penalidades. Buscando entender o que causa a falta de eficácia da equipe de Abel na marca da cal, a reportagem do LANCE! levantou alguns pontos que precisam ser levados em consideração.

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Por conta dos protocolos de saúde contra a Covid-19, o acesso da imprensa aos treinamentos do Verdão ainda não foi liberado. Sendo assim, as informações referentes às atividades antes das partidas chegam somente através da assessoria e comunicação do clube.

Abel Ferreira e sua comissão técnica costumam cobrar um trabalho intenso de todos os jogadores, e isso inclui treinos de finalização e bolas paradas, uma das principais armas deste elenco palmeirense. Naturalmente, o elenco alviverde se dedica para vencer sempre, independente das situações.

O psicológico do Palmeiras, principalmente no tempo regulamentar, é muito forte. Além de buscar a vida em diversas oportunidades, inclusive nas últimas cinco de oito partidas, a equipe está completamente acostumada a conquistar classificações e títulos.

Contudo, a torcida já sabe, se for para os pênaltis, as chances de passar para a próxima fase ou ser campeão são baixíssimas. É um problema claro do elenco. Não foi a primeira e nem a segunda vez que a equipe caiu pelo péssimo desempenho nas penalidades. Foram 31 cobrados, 16 convertidos e 15 perdidos, pouco mais de 50% de aproveitamento. Não é possível levar vantagem com números tão medíocres. Passou a ser algo que definitivamente essa comissão técnica não corrigiu.

- Pênalti é competência. Infelizmente, nós não temos jogadores para bater os pênaltis com essa calma, mas acredito que um dia vamos ganhar. É verdade que perdemos essas cinco vezes. Preferia ter sido eliminado durante o jogo, mas o adversário, na minha opinião, não criou o suficiente para nos eliminar durante o jogo e nós criamos. Depois, nos pênaltis, nosso adversário marcou. Tem competência, calma... Como vou dizer que nosso melhor batedor, que marcou não sei quantos seguidos, hoje perdeu dois? Querem que vos diga o quê? - desabafou Abel Ferreira após a eliminação desta quinta, que completou:

- É... Há males que vem para o bem. Queríamos estar em todas, não queríamos sair. Estou chateado, frustrado, porque não jogamos para perder. Vamos tentar recuperar a equipe desse desgaste emocional tremendo.

Falta dar um pouco mais de atenção às possibilidades de uma partida de futebol. Claro que a confiança na vitória precisa ser predominante, mas alguns aspectos que naturalmente ‘são do jogo’ precisam ser colocados em pauta.

Urge a necessidade de um treinamento mais intenso no âmbito dos pênaltis e de uma longa e profunda conversa com psicólogos do clube, além de conselhos do próprio Abel Ferreira que, mais do que ninguém, sabe controlar seus jogadores e colocá-los em um patamar ainda mais elevado.

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