No último dia 15 de junho, o Corinthians cedeu um empate contra o Athletico-PR, em Curitiba
, em um jogo que estava praticamente nas mãos do Timão. E o meia Roni foi um dos ‘vilões’ do resultado, que teve sabor de derrota para o clube alvinegro, pois foi expulso apenas quatro minutos depois de entrar em campo, saindo do banco de reservas.
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Na ocasião, o camisa 29 se envolveu em uma confusão com Hugo Moura, do Furacão, onde os atletas trocaram cabeçadas. Ainda no gramado, o corintiano foi repreendido pelo técnico Vítor Pereira.
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Onze dias após o episódio, a cria do terrão revelou a importância que um jogador da leva mais experiente do Corinthians teve para ele. Segundo Roni, o exemplo em Giuliano foi fundamental para não se deixar levar pelo episódio no sul do Brasil.
– Todo jogador tem que melhorar psicologicamente, pessoalmente e na parte de pensar. Hoje eu tenho um exemplo no grupo que é sensacional, que é o Giuliano. Um grande amigo meu. E o que eu tenho aprendido com esse cara é sensacional. Parece que não, mas quando a gente se apega a essas pessoas mais experientes a gente muda rapidamente a cabeça. Eu, quando fui expulso contra o Athletico-PR, poderia não bater a poeira, ficar de cara feia, lembrando desse tipo de coisa, mas a gente aprende e precisa modelar no tipo de pessoas que a gente quer ser. (Giuliano) É um cara que vem me ajudando muito na parte profissional, e isso vem me ajudando muito psicologicamente principalmente – declarou Roni na zona mista após o empate sem gols entre Corinthians e Santos, pelo Brasileirão.
Na última quarta-feira (22), as equipes alvinegras também fizeram um clássico na Neo Química Arena, mas este válido pela Copa do Brasil, no jogo de ida das oitavas de final, com o Timão goleando o Peixe por 4 a 0.
Assim como havia sido no Paraná, Roni entrou no segundo tempo contra o Peixe, no último meio de semana, mas, diferentemente do que havia acontecido na semana passada, daquela vez o atleta ajudou a apartar um princípio de confusão.
No fim do jogo, o atacante Adson passou o pé sobre a bola e deu margem para que os santistas perdessem a cabeça. No meio da confusão, Roni tirou o companheiro de clube, o escoltando até ter certeza que a briga havia acabado.
– Já que eu aprendi de uma maneira ruim, eu tenho que dá o exemplo para outra pessoa aprender do jeito certo e não cometer o mesmo erro que eu, e isso serve para qualquer profissão. O Adson também eu sou suspeito para falar, sou suspeito para falar de todos os jogadores, gosto de todos, é uma família e eu só queria estar ali para não acontecer nada errada. Foi algo bom para mim, pra não cometer o mesmo erro e não vai acontecer. Isso ficou para trás – contou o meia.
Entre os aspectos de Giuliano que mais chamam a atenção de Roni está na postura agregadora do companheiro, que mesmo em fases ruins, estando no banco, não reclama ou faz corpo mole.
– Sensacional, cara sensacional, não tenho muito o que falar. Eu sou suspeito pra falar, porque é um grande amigo meu. Muito feliz, porque ninguém vê isso (postura agregadora de Giuliano), e estão enxergando potencial em um cara sensacional, como profissional e pessoa – exaltou Roni.
Nove anos de idade separam Roni e Giuliano. O primeiro só vestiu a camisa corintiana até hoje, já que é revelado pela base da equipe alvinegra. Enquanto o segundo tem rodagem pela Europa e até mesmo pela Seleção Brasileira, na qual fez 14 jogos.
Desde o ano passado, o Timão passou a agregar no elenco uma série de 'medalhões', com Giuliano abrindo a leva de contratações de jogadores com idade superior a 30 anos. Além do camisa 11, também chegaram nomes como Renato Augusto e Willian.
No entanto, nos últimos anos o Corinthians tem passado por um processo de integração mais forte de atletas da base para o elenco profissional.
Atualmente, um dos grandes desafios do técnico Vítor Pereira tem sido equilibrar virtudes técnicas e juventude.
Roni tem 14 jogos disputados na temporada. Ele está no elenco profissional do Corinthians desde 2020.
Já Giuliano, tem 32 jogos, quatro gols e seis assistências até aqui, em 2022.