
Depois de um bom início no Brasileirão, o clima no Botafogo
se desgastou em virtude da sequência de maus resultados. Na última quarta-feira, membros de uma torcida organizada invadiram o Centro de Treinamento (Espaço Lonier) com o intuito de cobrar jogadores e o técnico Luís Castro.
Em meio à pressão, o Alvinegro entra em campo nesta quinta para medir forças com o São Paulo, no Nilton Santos, às 16h. A equipe
tenta não só amenizar a crise, como deixar a zona de rebaixamento. O adversário, por sua vez, segue em ascensão na competição e atualmente ocupa a quarta colocação sob o comando do ídolo Rogério Ceni
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Sem vencer há cinco rodadas, os cariocas viram o desempenho cair e despencaram na tabela. Após entrar no G4 com o triunfo sobre o Fortaleza, o time da estrela solitária não venceu mais e foi parar no Z4 com o revés para o Avaí. O duelo foi marcado pela impaciência da torcida, que vaiou e teceu gritos de "time sem vergonha".
Com um mês para esquecer, o Botafogo viu o apoio incondicional se transformar em protestos. Nesta quarta, um grupo de membros de uma torcida organizada invadiram o Espaço Lonier, local onde o clube tem feito seus treinamentos, e tiveram acesso onde cinco atletas se recuperavam: Diego Gonçalves, Kayque, Lucas Fernandesm Del Piage e Victor Sá.
No momento, os jogadores ouviram as cobranças dos torcedores, que demonstraram toda insatisfação não só com os resultados como com o desempenho do time em campo. O clube carioca emitiu uma nota após o ocorrido em que repudia tais atos.
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Ainda durante a invasão, os torcedores se deslocaram para a porta do Espaço Lonier e dificultaram a entrada dos veículos dos jogadores. Mesmo com o tumulto, não houve enfrentamento com os seguranças do local ou depredação do espaço público.
Na aglomeração que tomou conta da entrada do CT, o técnico Luís Castro saiu de seu veículo para conversar com os torcedores. Horas depois, o português opinou sobre o episódio, por meio de vídeo, condenou qualquer ato de violência e pediu união para o Botafogo dar a volta por cima.
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Com toda pressão, Luís Castro tenta fazer o time reagir, ser mais organizado e efetivo em campo. Embora o projeto da SAF esteja em seu início, o recente rebaixamento e os anos de sofrimento longe das grandes conquistas pesam na visão da torcida. Caberá ao clube saber
administrar o mau momento e demonstrar força antes dos reforços prometidos para julho.