Mais um episódio de violência marcou o fim de semana no futebol brasileiro. As torcidas organizadas do Coritiba e Palmeiras entraram em conflito nos arredores do estádio Couto Pereira , neste domingo (12), e deixaram feridos e um morto. Entretanto, de acordo com a polícia, o homem que faleceu, de 25 anos, não sofreu agressões, mas teve complicações devido a um problema de saúde.
Segundo a Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos (Demafe), o torcedor natural de São Paulo estava perto da confusão, mas não sofreu agressões. Ele possuía diabetes, sofreu com os efeitos do gás de pimenta, e foi socorrido com massagem cardíaca do lado de fora do Couto Pereira.
O homem foi levado ao Hospital Universitário do Cajuru, em Curitiba, na noite de domingo, em estado grave. A morte foi confirmada nesta segunda-feira pela polícia e por amigos do torcedor. Além de causar complicações no rapaz que foi a óbito, os efeitos do gás de pimenta também foram sentidos dentro do estádio.
O jogo entre Coritiba e Palmeiras chegou a ser interrompido no segundo tempo por causa dos efeitos do gás de pimenta, usado durante o conflito entre os policiais e as organizadas do Coxa e Verdão, do lado de fora do Couto Pereira. Torcedores e jogadores reclamaram, e a partida foi paralisada por seis minutos.
O Coritiba emitiu nota lamentando e repudiando a confusão. Já a Mancha Alvi Verde, organizada do Palmeiras, criticou a ação da Polícia Militar do Paraná e salientou a falha na organização da condução dos torcedores visitantes e diante da confusão. Segundo a nota da torcida, os policiais erraram o caminho e os colocaram em risco.
A Império Alviverde, organizada do Coritiba, também criticou a falta de organização da Polícia Militar do Paraná. Em nota, a organizada do Coxa destacou que "fica evidente a falha grotesca da Polícia Militar na escolta da torcida visitante" e que as "falhas na atuação da PM-PR têm sido corriqueiras e que chega a parecer deliberada".