Um dos tópicos endereçados pelo diretor de futebol do Corinthians , Roberto de Andrade, e o gerente de futebol, Alessandro Nunes, na coletiva desta sexta-feira (10) foi em relação a pressão feita por duas das maiores torcidas organizadas do clube pedindo para que ambos deixem seus respectivos cargos do Timão.
+ GALERIA - Relembre 10 momentos marcantes de Jô no Corinthians
Na manhã desta sexta-feira, tanto a
Gaviões da Fiel quanto a Camisa 12 emitiram notas em suas redes sociais pedindo a saída de Roberto e Alessandro.
A segunda foi além, exigindo
a saída de Luan
e sugerindo treinos abertos antes dos jogos decisivos na Libertadores e Copa do Brasil.
Uma das cobranças feitas pela Gaviões da Fiel diz respeito a omissão dos diretores em meio ao turbilhão de situações complicadas que o clube passou no ano, desde Sylvinho ser mantido no começo da temporada, planejamento corrido com Vítor Pereira e os casos de indisciplina (
encabeçado por Jô
) e
atritos entre comissão técnica e jogadores (Róger Guedes e Vítor Pereira
).
Roberto de Andrade se defendeu das críticas, dizendo que os clubes agora utilizam outros meios para se comunicar com a sua torcida, e citou o Timão como um dos melhores exemplos em comunicação nas redes sociais.
- Não é a primeira vez que fazem isso. Respeito todos os tipos de torcedores. Preciso lembrar que o futebol de hoje mudou em relação ao que era antigamente. Hoje existe outros meios de falar com o torcedor. Não é mais comum falar toda hora, qualquer fato. Temos vídeos que mostram os treinamentos. Redes sociais acabam informando, Corinthians é um dos que mais informam. A gente tinha uma abertura muito maior, mas não existe mais, as dificuldades ficaram maiores - comentou.
Incomodado com as cobranças das organizadas, o diretor de futebol do clube alvinegro disse que cabe ao presidente Duílio Monteiro Alves avaliar o seu trabalho e julgar a sua permanência ou não. Ele acredita que está fazendo um trabalho "honesto, digno e respeitado" no clube alvinegro.
- Quem tem que saber se estamos fazendo um bom ou mal trabalho é o presidente. Os problemas que surgem resolvemos internamente. Temos problemas maiores e menores que são resolvidos internamente. E o que é importante o torcedor saber ele está sabendo. O fato de não falar não significa que não estamos fazendo nada. Estamos aqui todos os dias das 8 da manha às 8 da noite. Entendo que estou ajudando o clube, eu mesmo pediria para ir se não estivesse. Muito simples falar para sair diretor como todo mundo fala, para tirar o técnico. Quero saber o que a diretoria tem feito de errado. Errar e acertar faz parte de quem toma decisões todos os dias. Estamos fazendo trabalho honesto, digno e respeitado - afirmou.
+ TABELA - Confira e simule os jogos do Corinthians no Brasileirão
Para Alessandro, gerente de futebol do Timão, as manifestações pacíficas dos torcedores organizados são importantes para que os dirigentes entendam o peso dos cargos que exercem.
- Manifestação de torcedores organizados é importante que ocorra, ocupamos uma posição importante e precisamos ser cobrados, estamos tomando decisões diariamente. Toda manifestação pacífica é importante que aconteça. Temos um presidente que avalia e aceitamos numa boa. Já fui atleta, já tive meu nome posto em faixa para sair. Torcedor cobra, quer posição melhor. Não podemos sair com estranheza e sempre, de alguma maneira, buscar responder o que estamos fazendo no departamento de futebol - concluiu Alessandro sobre o tema.
Esta não foi a primeira vez na temporada que a direção corintiana foi alvo de protestos das torcidas organizadas.
Após a eliminação no Paulistão
, e
antes do início da fase de grupos da Libertadores
, a Gaviões já havia se manifestando, cobrando o elenco e diretores.