Quando torcida e imprensa pensam que entenderam o que se passa na cabeça de Vítor Pereira, o português dá um jeito de confundir ainda mais os que tentam acompanhá-lo. Na vitória por 2 a 0 contra a Portuguesa-RJ no jogo de volta da terceira fase da Copa do Brasil , o Corinthians oscilou, menos o seu treinador.
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Fiel ao seu rodízio, o lusitano mandou a campo um onze inicial misto e difícil de ser decifrado, porém forte e competitivo. Todos apostavam em um sistema com quatro defensores, e Lucas Piton na lateral-direita. Ledo engano.
Nos minutos iniciais, foi possível notar que o clube alvinegro entrou em um 3-4-3, sendo Robson Bambu, João Victor e Fábio Santos os zagueiros, e Gustavo Mosquito e Piton os alas. Assim, Giuliano e Adson infiltravam por dentro no meio-campo, sendo municiados por Roni e Maycon, deixando Júnior Moraes centralizado no ataque.
O esquema tático pegou todos de surpresa, e
na coletiva, Vítor explicou que optou por essa tática pois ela é menos desgastante ao elenco, e se executada de forma correta, alarga as linhas do adversário, criando espaços no terço final
.
E durante boa parte do primeiro tempo, os jogadores conseguiram executar à risca o que o treinador desejava. O Timão invertia jogadas e colocava seus jogadores em vantagem numérica. O amplo domínio se traduziu nos números.
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Segundo o Footstats, o clube alvinegro terminou a primeira etapa com cinco chutes no alvo e quatro fora, tendo balançado as redes duas vezes. O primeiro gol foi mais sorte do que juízo, quando Giuliano errou a bicicleta, e a bola se ofereceu para Júnior Moraes marcar seu primeiro gol pelo Timão.
A beleza do segundo gol, desde o passe de Adson para Mosquito, até a conclusão de Giuliano, foi condizente com o controle e a beleza do primeiro tempo feito pelo Corinthians sobre a Lusa carioca, que praticamente não existiu ofensivamente durante os 90 minutos.
Com a vaga encaminhada já na primeira etapa, Vítor Pereira conseguiu poupar alguns atletas, como Maycon e Júnior Moraes. O centroavante, autor do primeiro gol, passou a noite anterior em um hospital por causa de uma alergia a um alimento.
Naturalmente, o ritmo do clube alvinegro caiu no segundo tempo, e os jogadores que entraram não conseguiram manter a mesma pegada. A equipe foi dar o seu primeiro chute ao gol na etapa final aos 47 minutos, com o garoto Wesley.
A sensação que ficou, pela disparidade técnica e econômica das equipes, é que o Corinthians poderia ter goleado a Portuguesa-RJ. Mas nesse momento, o placar elástico não é o mais importante. O elenco precisa assimilar as ideias de Vítor Pereira, entender suas estratégias e conquistar os resultados. Mais uma vez, o grupo deu conta do recado e segue firme e forte em todas as frentes.