O Conselho Deliberativo do Flamengo , em reunião nesta segunda, aprovou a inclusão da categoria "Contribuinte Off-Rio" no quadro associativo do clube, com a emenda aprovada limitando a nova categoria a vinte por cento do total de sócios contribuintes, sem poder ultrapassar 1 mil. A decisão gerou uma série de críticas de grupos de oposição, enquanto, na situação, é quase unanimidade.
A categoria abrigará associados com residência a partir de 100km do município do Rio de Janeiro. Conforme aprovado pelo Conselho Deliberativo, o valor pago pela categoria "Off-Rio" será de R$ 201,00 - seguindo como como 75% do associado contribuinte, que, hoje, paga R$ 268,00. Atualmente, são cerca de 600 associados nessa condição.
O associado "Off-Rio" terá direito a voto após três anos ininterruptos. Ou seja, nas eleições de 2024, votarão os sócios que eram associados em agosto de 2021. Quem se associar agora só poderá votar em 2027. Nas últimas eleições, cerca de 600 sócios "Off-Rio" tinham condições de votar. Ao todo, 2.002 votos computados, e Rodolfo Landim (Chapa Roxa) eleito para o triênio 2022/24 com 1.301 votos.
Além da limitação da categoria "Off-Rio", o CoDe rejeitou a proposta de emenda que proibia acumulação de cargo no clube de quem for candidato em eleições parlamentares e da emenda que permitiria que as reuniões dos conselhos do clube pudessem ser híbridas, com a decisão cabendo exclusivamente aos presidentes dos conselhos.
Os três resultados foram considerados vitórias do grupo político de Rodolfo Landim, presidente do Flamengo em seu segundo mandato. A ampla maioria de seus pares votaram juntos nas três propostas.
A respeito do "Off-Rio", um dos argumentos é de que a categoria precisava ser regularizada e ter limites, assim como as demais, e lembraram que, caso se chegue ao limite de 1 mil associados, ainda será possível ser sócio contribuinte morando fora do Rio de Janeiro.
O LANCE! procurou membros da atual diretoria e membros do grupo político quem apoiam o presidente Rodolfo Landim, nesta terça-feira, mas todos preferiram posicionar-se publicamente sobre o assunto.
Por outro lado, grupos como o "Flamengo Sem Fronteiras" e o "Flamengo Maior", que disputaram as últimas eleições e tiveram Ricardo Hinrichsen e Walter Monteiro , respectivamente, como candidatos, já haviam aberto suas posições sobre as emendas antes e depois da reunião, criticando a "concentração de poder" e o desrespeito ao associado, "independente de onde é sua residência".