A
estreia no Campeonato Brasileiro, contra o Botafogo, neste domingo (10), às 16h, no Rio de Janeiro
, é um bom momento para o
Corinthians
virar a chave em uma temporada que até aqui foi de mais baixos do que altos.
O duelo contra a Estrela Solitária logo na primeira rodada do Brasileirão é até de certa forma ‘emblemático’ porque as equipes já se enfrentaram neste ano, ainda que não dentro de campo.
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Diante de uma negativa inicial do técnico Vítor Pereira, para assumir o clube do Parque São Jorge, a diretoria corintiana voltou os seus esforços para Luis Castro, atual comandante botafoguense, que estava empregado, no AL-Duhail, do Qatar, mas já tinha recebido uma investida do Glorioso.
O treinador português acenou positivamente para cariocas e paulistas, em um primeiro momento ficaria no Oriente Médio, mas o Botafogo decidiu pagar a multa rescisória do técnico, algo que o Corinthians não faria.
Caso tivesse aceitado a proposta do Timão, Luis Castro poderia neste momento estar em uma situação completamente diferente a que se encontra.
Neste fim de semana o português estreará comandando o Fogão, que aposta nele em um projeto a longo prazo. O objetivo botafoguense para o Brasileirão em 2022 é não lutar contra o rebaixamento, ficando na parte intermediária da tabela.
Castro foi chamado para um projeto entre médio e longo prazo com a Estrela Solitária, muito diferente da realidade corintiana, que chega a esse Brasileirão sob uma forte onda de protestos da torcida contra a postura dos jogadores e a diretoria.
Essa reação da Fiel Torcida reflete justamente o imediatismo que o Timão se encontra por títulos. O clube do Parque São Jorge não levanta uma taça desde o Paulistão de 2019, e esses dois anos sem títulos tem gerado um grande incômodo na nação corintiana porque o Palmeiras, arquirrival, tem conquistado muitos títulos neste período.
Ainda que a postura da torcida do Corinthians seja de fechamento total com Vítor Pereira, a relação com jogadores experientes e até vencedores no clube, como Cássio, Gil, Paulinho e companhia, respinga no ambiente e diretamente no trabalho do treinador.
E todo esse ‘carro desgovernado’ que o Timão se encontra é fruto de um erro de planejamento já admitido pela diretoria, que foi a troca no comando técnico logo na terceira partida da temporada, quando a sinergia entre o ex-treinador Sylvinho, o clube e as arquibancadas já não era bom desde o fim do ano passado.
Após a eliminação para o São Paulo na semifinal do Campeonato Paulista, o presidente corintiano Duílio Monteiro Alves confessou que a decisão de manter Sylvinho e demiti-lo nos primeiros jogos do ano comprometeu a competitividade corintiana no Estadual. No entanto, esse erro pode ter frustos ainda maiores.
A estreia na Libertadores com derrota por 2 a 0 para o Always Ready, na Bolívia, foi uma prova que Vítor Pereira ainda está em busca do seu time ideal, e isso não tem prazo para ser resolvido.
Bom para o Corinthians seria que esse ‘restart’ acontecesse contra o Botafogo, ainda que isso seja impossível.
Vítor Pereira teve uma semana livre para treinar com time para a primeira rodada da Liberta e a equipe não mostrou evolução, até pelo contrário. Não necessariamente por culpa do treinador, mas que escancara que uma formatação de trabalho não é feita do dia para a noite, e passar também pela tentativa e erro.
Se VP não conseguiu ajustar o time com nove dias, não será com três, e em meio a protestos e situações conturbadas fora de campo, que o português irá achar o seu Corinthians ideal.
No entanto, um triunfo no Rio de Janeiro seria ótimo para trazer águas tranquilas para o lado corintiano e auxiliar nesse processo de reconstrução da equipe para essa temporada.