Ao L!, Fabrício Bruno, do Flamengo, projeta decisão do Carioca e revela conversa com o Mister sobre o Tetra
Lazlo Dalfovo e Matheus Dantas
Ao L!, Fabrício Bruno, do Flamengo, projeta decisão do Carioca e revela conversa com o Mister sobre o Tetra


Fabrício Bruno chegou ao Flamengo há menos de dois meses, mas, com seus 1,92m, se impôs, virou titular e já pode fazer história pelo clube que busca o inédito tetracampeonato do Carioca a partir de quarta, contra o Fluminense , no Maracanã. A percepção de que esse será um título histórico também é do Mister Paulo Sousa, outro que chegou ao Ninho do Urubu nesta temporada, conforme revelou o zagueiro em entrevista ao LANCE! . Veja, na íntegra, acima!

- É um desejo do clube em si. Passaram inúmeros atletas e pessoas importantes por aqui e não chegaram a conquistar esse Tetra. O próprio Mister falou, em um treino, que será um marco que vai ficar na carreira de todos. Todos ficarão marcados na história do clube. O empenho, a vontade, a determinação em busca desse título é bom para todos - afirmou o zagueiro.


Desde a sua estreia, em 13 de fevereiro, Fabrício Bruno disputou (e foi titular) em oito dos nove jogos do Flamengo. Com velocidade e bom posicionamento, o zagueiro já soma números de destaque pelo time - é o segundo com mais desarmes no Carioca, por exemplo - e está com moral com o treinador Paulo Sousa. A avaliação do início no clube é positiva, mas o camisa 15 projeta mais.

- Avalio como positivo. Como todo jogador, têm pontos a serem melhorados. Faz parte do futebol. Converso bastante com o Mister, peço bastante conselhos pois é uma metodologia diferente das quais eu vinha trabalhando. É um treinador europeu, um cara muito conhecedor. Tenho muito mais a aprender com ele pelo estilo de jogo, pelo estilo aplicado na Europa, que é um futebol um pouco diferente do brasileiro - analisou o defensor revelado pelo Cruzeiro.

Fabrício Bruno destacou o conhecimento do Mister Paulo Sousa, de quem costuma pedir conselhos e instruções (Foto: Paula Reis/CRF)

Antes de enfrentar o Fluminense às 21h40 desta quarta-feira, no primeiro Fla-Flu da decisão do Carioca, o elenco do Flamengo realiza a última treino no Ninho do Urubu, nesta terça. O clássico decisivo será no próximo sábado, às 18h, também no Maracanã, onde o zagueiro Fabrício Bruno deseja levantar o primeiro troféu como jogador do Rubro-Negro. O L! transmite em tempo real .

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Você foi apresentado em 9 de fevereiro e já está a dois jogos de conquistar um título pelo Flamengo. Como está lidando com essa expectativa, ansiedade, nos últimos dias?

Relativamente tranquilo. Acima de tudo, temos que ter tranquilidade. Não podemos ficar ansiosos porque acaba atrapalhando. Temos que ficar tranquilos e fazer o que o Mister pede. Para nos sairmos bem, temos que executar as coisas que ele pede. Bem concentrado e bem focado.

De que forma o Mister abordou essa questão do inédito Tetra?

Sim, como falei é uma coisa que ficará marcada para todos. Um título importante. A motivação também não é só essa. Em todas as competições, o Flamengo entra para ser campeão. Então, se fosse o primeiro, o segundo ou o terceiro título, a vontade de ganhar seria a mesma. Por se tratar de um feito histórico, a determinação em busca do título é gigantesca.

Como o dia a dia com o Mister Paulo Sousa, e sua comissão técnica, tem te ajudado na adaptação e no desenvolvimento do seu futebol?

Procuro sempre estar junto dele, da sua comissão, para absorver o máximo de conhecimento. Até brinquei com ele (Mister), quando eu estava na academia, tratando, eu falei: "Tem que tratar no tempo que tem, pois agora que você vai ver o que é o futebol brasileiro. Ainda mais esse ano, com o calendário encurtado com a Copa do Mundo, vão ser jogos atrás de jogos."

Ele concordou, falou sobre priorizar o descanso de quem vem jogando e aplicar um pouco de carga para quem não jogou. E, talvez, eu aprenda muito mais conversando do que em campo. A temporada já é corrida, com o calendário encurtado vai ser ainda mais. É difícil aprimorar as coisas em campo, então a base visual, o vídeo, pode aprender muito mais.

E como tem sido a experiência de jogar a favor da Nação?

Sensação surreal. Já tinha jogado aqui contra o Flamengo algumas vezes, e costumava dizer que jogar contra é como correr ladeira acima. Não é fácil. O elenco já é extremamente qualificado, e ter a Nação em peso, incentivando, acaba ficando difícil para os adversários. Como disse na apresentação, tenho certeza que, a favor, as coisas caminhariam bem. Está tudo dando certo. Nós em campo, a torcida sendo o 12º jogador na arquibancada, tenho tudo para ser muito feliz aqui, começando pelos dois jogos da final do Carioca e depois nos campeonatos que virão pela frente.

O Fluminense tem alguns atacantes já bem conhecidos, desde os mais experientes, como Cano e Willian, a mais jovens como Jhon Arias e Luiz Henrique, que é dúvida. Qual vai ser o grande desafio da defesa do Flamengo nesses clássicos?

É uma final, né? São dois clubes extremamente qualificados e jogos difíceis. O Fluminense tem uma mistura de jogadores experientes, como o Willian, com quem eu joguei no Cruzeiro e contra ele, o Cano... Então sabemos da qualidade. Podemos esperar um confronto, acima de tudo, equilibrado e que exige bastante atenção. Se fizermos tudo o que estamos trabalhando no dia a dia, ouvir o que o Mister pede, conseguimos neutralizar os ataques e, consequentemente, sair com os resultados e o título.

Recentemente, o Gabigol, quando perguntado se tinha preferência entre Fluminense e Botafogo na final, disse que os rivais é quem tinham que temer o Flamengo. Você também pensa assim ou enfrentar o Fluminense, pelo maior equilíbrio ultimamente, terá uma motivação a mais?

Isso, para nós, é indiferente. Em toda competição que a gente entra, quem quer ser campeão, não tem que escolher adversário. Independente de vir Fluminense ou Botafogo, temos que entrar com a missão de ser campeão. Não adianta escolher adversário A ou B sem fazer a nossa parte. Futebol é em campo, 11x11, e a vontade que teremos de buscar o título eles também vão ter. É um clássico, que é decidido nos detalhes, então temos que estar o mais concentrados possível, aproveitar bem as ações, e, quando tiver a oportunidade, poder concluir.

Antes mesmo da definição do finalista, o Flamengo já era apontado como grande favorito por alguns. Concorda? É uma pressão a mais?

O favoritismo fica fora de campo. Lá dentro são 11 contra 11. Talvez, muitos colocassem o Fluminense como favorito diante do Botafogo, que, com uma vontade a mais, conseguiu ganhar o jogo. Não se classificou, mas por um quesito à parte. Em cima do jogo, o Botafogo impôs um ritmo diferente e tornou o jogo difícil para o Fluminense. O favoritismo fica para torcida, fora das quatro linhas. Dentro são todos lutando e se dedicando pela camisa que veste. Fabricio Bruno - Flamengo

Fabrícrio Bruno conversou com o L! (Foto: Mariana Sá / LANCEPRESS!)

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