Análise: Fluminense vive sentimentos distintos e nem a classificação tira a frustração do torcedor
Luiza Sá
Análise: Fluminense vive sentimentos distintos e nem a classificação tira a frustração do torcedor


É difícil explicar e apontar apenas um motivo sobre como o Fluminense saiu de um caminho de evolução para a queda de ritmo, motivação e atuações que resultaram na eliminação na Libertadores e no que poderia ser a queda na semifinal do Campeonato Carioca. Mas é fácil entender que a derrota por 2 a 1 para o Botafogo se dá, entre outros motivos, pela dificuldade do time em fazer o esquema funcionar. Mesmo assim, o Tricolor está na final contra o Flamengo na próxima quarta-feira e sábado, no Maracanã.

Mesmo que as partidas contra o Olímpia no Paraguai e o próprio jogo de ida com o Botafogo tenham mostrado que o esquema com três zagueiros não tem sido eficiente, Abel Braga manteve a formação de sempre. E, por isso, foi xingado quando a torcida percebeu que não haveria nenhuma evolução na apresentação da equipe. No segundo tempo, o treinador tentou corrigir, mas aí o Botafogo já fazia a melhor partida do ano e se empolgava.



É verdade que o Flu nunca foi brilhante na atual temporada, mesmo quando somava a incrível sequência de 12 partidas com vitórias e estava 100% em clássicos. O time mostrava desequilíbrio ao longo dos 90 minutos, algo citado muitas vezes pelo próprio Abel. Mesmo assim, evoluía e contava com as boas atuações individuais para se manter em alta e ganhar a confiança da torcida. Nas últimas três partidas, porém, a falta de criatividade, velocidade e até coragem para se arriscar marcam os confrontos.

O gol de Germán Cano deu alívio ao coração já tão machucado do torcedor do Flu, mas não tirou a frustração de quem esperava um ano mais positivo depois das contratações feitas no mercado. Se dá para tirar algo de positivo disso tudo é que o time mostrou um espírito de luta que antes já foi tão importante. No clássico com o próprio Flamengo, por exemplo, quando Jhon Arias garantiu a vitória no fim. Mas a sensação que fica é que não precisava esperar até o último segundo para que essa característica finalmente voltasse a aparecer.

Agora o Fluminense precisará recolher os cacos de mais uma noite conturbada e se preparar para reencontrar o Flamengo em uma final pela terceira vez seguida. Com a combinação da venda de Luiz Henrique, a eliminação na Libertadores e as más atuações, a pressão por um título é ainda maior do que já era antes. O Flu é o grande que a mais tempo não levanta a taça, somando 10 anos em 2022. Portanto, será necessário lidar com a pressão para reconquistar a torcida antes do início da Copa Sul-Americana e do Brasileirão.

O Fluminense inicia a disputa da final do Cariocão na próxima quarta-feira, às 21h40, contra o Flamengo. O segundo jogo acontece no sábado, ainda em horário a ser definido. Os dois clássicos serão no Maracanã e não há vantagem do empate para nenhum dos dois lados.

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