Na coletiva após a derrota por 2 a 1 no Dérbi contra o Palmeiras , o técnico do Corinthians, Vítor Pereira, declarou que não faltou vontade de sua equipe no Allianz Parque, e a pressão e marcação agressiva imposta pelo time de Abel Ferreira, especialmente no primeiro tempo, fez a diferença no clássico, além da atuação do jovem árbitro Matheus Delgado Candançan, de 23 anos.
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- Vontade não faltou. Tivemos dificuldade para adaptar a um terreno sintético, diferente do nosso. Um adversário que tentou pressionar alto, marcar forte, agressivo. Não gosto de criticar os árbitros, todos erram. Um critério para mim diferente, a deixar jogar com uma agressividade no limite. Determinadas situações do jogo, se tivessem sido amarelos, o Palmeiras não jogaria da forma agressiva como jogou. Não gosto de dar desculpas. Temos que melhorar quando pegamos uma equipe como essa, melhorar nosso processo ofensivo. Tivemos falta de paciência para tocar a bola - afirmou.
Vítor também falou sobre a intenção que deseja ver sua equipe jogando, e falou ser difícil impor seu estilo de jogo com apenas duas semanas de trabalho.
- Nós trabalhamos diariamente para termos a bola, ter mobilidade com ela, criar linha de passe e sermos agressivos quando não temos. Essa tem que ser sempre a intenção. As pessoas podem pensar que é possível, em 2 semanas, transformar completamente uma equipe, que de fato contra a Ponte fez bom jogo. Não estava à espera de um jogo de domínio completo. O que eu disse é que intenção terá que ser ter a bola, reagir. Às vezes vamos conseguir com mais qualidade, outras teremos que fazer correções para crescermos contra esse tipo de equipe. Nunca disse que íamos dominar o Palmeiras. Temos que ter os pés no chão e perceber as circunstâncias - disse.
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A torcida ficou na bronca com a falta de atenção dos jogadores no escanteio que resultou o segundo e decisivo gol do Palmeiras. Na visão do técnico português, não houve falhas individuais, e o posicionamento será corrigido
- Não sou treinador para atribuir falhas individuais. Ganhamos e perdemos juntos. Estamos em um processo de construção de uma forma de jogar, portanto, são movimentos que tem que ser corrigidos. O processo tem a crescer em qualidade. Isso é natural. Por falta de tempo de trabalho, não está no nível que pretendemos - ponderou.
Agora, o Corinthians se prepara o duelo de domingo (20), contra o já rebaixado Novorizontino, fora de casa, às 16h, pela rodada final do Paulistão.