Em meio a imbróglio judicial, CBF segue com Ednaldo Rodrigues no poder. Entenda a situação!
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Em meio a imbróglio judicial, CBF segue com Ednaldo Rodrigues no poder. Entenda a situação!


O impasse judicial que assola a CBF teve mais um desdobramento: Ednaldo Rodrigues continuará a ocupar a cadeira presidencial da entidade. O dirigente continua no cargo pois a Justiça do Rio de Janeiro anunciou a suspensão por 60 dias o processo que corre no STJ para mudar o poder de mãos. A informação foi divulgada pelo "GE".

Na quinta-feira (24), o STJ determinou que o diretor mais velho assumiria o poder da CBF interinamente . A situação causou um impasse na própria entidade. O diretor de Patrimônio, Dino Gentile e o vice-presidente jurídico Carlos Feijó eram os cotados para o cargo. Porém, a suspensão deste processo por 60 dias reconduziu Ednaldo Rodrigues ao cargo de presidente interino da CBF.

A entidade fez a convocação de uma Assembleia Geral para o dia 7 de março, com o objetivo é estabelecer as regras eleitorais para as próximas eleições da entidade. Os 27 presidentes das federações estaduais decidirão quem vota nas eleições da CBF e qual o peso que cada voto vai ter no próximo pleito.

As definições sobre a eleições da CBF desencaderam muita controvérsia em março de 2017, ano no qual houve mudança nas regras eleitorais à revelia dos clubes. O colégio eleitoral da entidade passou a ser formado pelas 26 federações estaduais mais a do Distrito Federal, os 20 clubes da Série A e os 20 clubes da Série B do Campeonato Brasileiro.

A CBF definiu que os votos das federações estaduais teriam peso 3, enquanto votos dos clubes da Série A teriam peso 2 e os votos dos clubes da Série B contariam como peso 1. Em tese, se as 27 federações votassem no mesmo candidato, elas teriam 81 votos. Se os clubes se unissem, somariam 60 votos.

O Ministério Público do Rio de Janeiro viu possíveis irregularidades e acionou a CBF na Justiça. O processo se arrastou por anos e culminou em uma série de decisões recentes.

No ano passado, a 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca atendeu pedido do MP e nomeou como interventores o mandatário do Flamengo, Rodolfo Landim, e o presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro Bastos, como interventores. A decisão, contudo, foi derrubada pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro .

Quando o caso foi para o STJ, a nova tentativa foi colocar o diretor mais velho como interventor. Só que o caso voltou a ser suspenso.

Ao convocar no dia 7 de março esta Assembleia Geral, a CBF tenta definir as regras eleitorais de acordo com a que a Justiça determinar e tentar evitar problemas judiciais no futuro.

Na quinta-feira passada (24), a Assembleia Geral prorrogou em mais 20 meses o afastamento de Rogério Caboclo, denunciado por assédio moral e sexual quando presidia a CBF. A nova pova punição se junta à anterior e ultrapassa a data do fim do mandato de Caboclo.

Por enquanto, Ednaldo Rodrigues tem a missão de convocar a eleição para decidir quem vai completar o mandato de Rogério Caboclo, que vai até abril de 2023. Ele deve ser o candidato único nessa eleição, na qual só os vice-presidentes podem se candidatar.

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