Afastado da presidência da CBF por conta de uma denúncia de assédio moral e sexual contra uma funcionária, Rogério Caboclo sofreu nova derrota na Fifa. O Comitê de Apelação da entidade rejeitou um recurso apresentado pelo dirigente, que tentava derrubar a abrangência mundial de uma punição aplicada pela CBF.
A informação é do "ge", que garantiu que desta forma o presidente afastado não pode assumir cargos no futebol fora do Brasil. Antes de ser retirado da direção da CBF, Caboclo era conselheiro na Conmebol, posto que também perdeu. Ainda cabe recurso no TAS (Tribunal Arbitral do Esporte).
Em setembro do ano passado, a Assembleia Geral da Confederação Brasileira de Futebol decidiu pela suspensão de Rogério Caboclo por 21 meses por conta das denúncias da funcionária da CBF em junho de 2021. A pena só acabará em março de 2023.
A Fifa informou à CBF e a Rogério Caboclo os fundamentos da decisão, que foi assinado por Neil Eggleston, presidente do Comitê de Apelação da entidade máxima do futebol. O dirigente ainda foi obrigado a pagar 1 mil francos suíços (R$ 5,4 mil) dos custos do processo.
NOVO JULGAMENTO
Leia Também
Rogério Caboclo será julgado mais uma vez nesta quinta-feira, pela Assembleia Geral da CBF. Agora, se trata de uma denúncia de assédio moral contra Fernando França, diretor de Tecnologia da Informação da entidade brasileira. Se aprovada, a punição será de 20 meses.
Na CBF, há otimismo para que a punição seja aprovada, o que faria com que Caboclo não pudesse mais assumir a presidência da Confederação Brasileira de Futebol, uma vez que a pena acabaria apenas após o período de seu mandato, que vai até abril de 2023.
Neste cenário, a CBF terá de convocar novas eleições para definir quem será o substituto de Rogério Caboclo na presidência até o final de seu mandato. Apenas os oito vice-presidentes da entidade podem participar, e Ednaldo Rodrigues, mandatário interino, é o favorito.