Mohamed x Paulo Sousa: técnicos de Atlético e Flamengo têm duelo à parte por afirmação e primeira taça
Lazlo Dalfovo
Mohamed x Paulo Sousa: técnicos de Atlético e Flamengo têm duelo à parte por afirmação e primeira taça


Se dirigentes trocam farpas em declarações públicas, os principais atores de Atlético-MG e Flamengo , seja jogadores ou os treinadores, têm pregado respeito e dito que a Supercopa do Brasil será decidida "em detalhes". E a final deste domingo, a iniciar às 16h deste domingo, na Arena Pantanal, terá um duelo à parte entre "El Turco" Mohamed e Paulo Sousa, que precisam se afirmar no começo de seus respectivos trabalhos.



Nem o técnico do Atlético-MG nem o do Flamengo eram as preferências das diretorias ou torcidas. Jorge Jesus esteve nos planos dos dois clubes, aliás, mas agora Mohamed e Sousa é quem têm a missão de conquistar o título nacional em meio à rivalidade aflorada entre os times .

Curiosamente, um jogador do Atlético e um do Flamengo já foram aos microfones pedirem paciência aos torcedores em relação aos técnicos. Mariano falou o seguinte:

- Time que está ganhando não se mexe. Pouco a pouco o professor vai colocando a sua cara. Acho que também não resolveria muito ele chegar aqui e fazer uma mudança extrema. Ele é um treinador podado, com experiência. Ele sabe que tem que chegar aos poucos. Na equipe, manteve uma base e em cima disso ele vai colocando a cara dele. É normal. Ele acabou de chegar. Tomara que as coisas continuem andando bem - disse o lateral.

- Fazia tempo que eu não aprendia tanto em tão pouco tempo. Creio eu que ele tem mais coisas para ensinar e mais coisas para passar de novo. É ter um pouquinho de paciência não só com ele, mas também com a gente por causa dessas mudanças que vêm acontecendo. Mas tenho certeza absoluta que vai ser um ano especial para o Flamengo - falou Gabigol.

AJUSTES PONTUAIS NO GALO El Turco está agora focado no duelo contra o Flamengo pela Supercopa do Brasil, no dia 20 de fevereiro, em Cuiabá

'El Turco' pelo Galo: cinco vitórias, um empate e uma derrota (Pedro Souza/Atletico-MG)

O LANCE! também ouviu o repórter Henrique André, setorista do Galo na "Rádio Itatiaia", para saber mais dos primeiros passos do comandante argentino e acerca da espinhosa missão que é substituir o Cuca, campeão do Brasileiro e da Copa do Brasil pelo clube na temporada passada.

- Antônio Mohamed completou sete jogos no comando do Atlético-MG e, até o momento, só teve um grande teste; com êxito. A vitória por 2 a 0 no clássico sobre o América deu moral ao comandante argentino, principalmente, num momento em que o foco está voltado para a da Supercopa. De uma forma bem "mineira", aproveita para conhecer o grupo e dar minutagem a todo elenco. Fora de casa, usa os reservas; em casa, aciona Hulk e companhia. O único revés foi contra a URT, em Patos de Minas, com um time totalmente mudado.

- Tranquilo, El Turco vai ajustando os ponteiros e já afirmou ter o time-base em mente. Veremos esta escalação no domingo. Ele, inclusive, deixou claro que não fará mudanças radicais em relação ao trabalho feito por Cuca em 2021, já que a fórmula das conquistas foi deixada pelo curitibano. Apenas ajustes pontuais estão na pauta - completou o jornalista.

O LADO DO FLA E OS SEUS MISTÉRIOS

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Paulo Sousa, Marinho e Gabigol

Em cinco jogos, Paulo Sousa rodou o elenco e não repetiu escalação: foram quatro vitórias e uma derrota (Foto: Marcelo Cortes/Flamengo)

Se Turco Mohamed já assegurou que "tem uma equipe" e que não possui "dúvidas" para escalar o Atlético , Paulo Sousa não dá indícios dos 11 que iniciarão a briga pelo tricampeonato da taça. O português tem feito diversas alterações ao longo dos cinco jogos em que comandou o Fla.

Foram 26 jogadores utilizados ao todo , quatro vitórias, uma derrota (no Fla-Flu, único clássico dele até aqui), sem repetição de escalação e o esquema 3-4-2-1 como o predileto. Seja com palavras ou escolhas, não entregou suas preferências quanto a peças, e o time a iniciar é um mistério, embora algumas sejam fáceis de prever como titulares, como Gabigol, Arão e Arrascaeta.

E, em suas mais recentes palavras sobre a Supercopa, Paulo Sousa comentou justamente sobre o embate particular com outro "recém-chegado", apontando os contextos distintos - já que o Fla viveu um 2021 frustrante:

- Com dois treinadores novos, recém-chegados, mas em momentos diferentes. O Atlético fez uma temporada extraordinária ganhando praticamente tudo. Eles estão motivados como uma equipe-base. Penso que meu colega (Antonio Mohamed) vai dar continuidade a estes mesmos processos de vitória no elenco dele. Nós iniciamos um processo completamente novo onde estamos crescendo bastante - avaliou Paulo Sousa.

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