Thiago Monteiro celebra início de temporada e mira o top 50 em 2022
Jonas Moura
Thiago Monteiro celebra início de temporada e mira o top 50 em 2022


Principal tenista do Brasil na chave de simples do Rio Open, torneio de nível ATP 500 que começa nesta segunda-feira, no Jockey Club Brasileiro, no Rio de Janeiro, o cearense Thiago Monteiro está animado com o seu início de temporada e tem projeções otimistas para o ano de 2022.

A estreia do atleta está prevista para terça-feira, contra o argentino Sebatian Baez, que veio do qualifying. O tenista de 27 anos chega confiante para o torneio após alcançar pequenas vitórias no início da temporada.

Na estreia no ATP 250 de Buenos Aires, na semana passada, ele bateu pela primeira vez o o espanhol Albert Ramos, 33º da lista e uma das atrações do Rio Open. Na rodada seguinte, acabou eliminado pelo argentino Fernando Verdasco, ex-número 7 e atual 174 do ranking mundial. No Australian Open, embora tenha sido eliminado na primeira rodada, Thiago teve um desempenho que chamou a atenção. Ele travou um duelo de cinco sets contra o francês Benoit Paire, 52º do mundo.

- Meu grande objetivo do ano é fechar entre o top 50 e o top 60. Trabalho muito para isso. Estou em um bom nível e acho que isso é alcançável - afirmou o atleta, em entrevista ao LANCE! durante evento de apresentação da nova linha de produtos da Joma, sua patrocinadora.

- Quando a gente muda de bloco (para o top 100), muda muito em relação ao calendário. O ambiente muda, a organização é outra e a premiação também. É importante poder viajar com o seu treinador, o seu preparador físico. Quanto mais eu conseguir me manter em alto nível, melhor, até para poder investir mais na equipe - completou o tenista, que fechou 2021 em 92º lugar, mas perdeu posições após cair no ATP de Córdoba, na Argentina, já em fevereiro.

O Rio Open, que acontece no saibro, tem como maiores destaques dois tenistas top 10 mundiais: o italiano Matteo Berrettini (6º) e o norueguês Casper Ruud (8º). Diante da torcida, o brasileiro tem a chance de surpreender mais uma vez alguns dos principais astros da elite mundial. Rio Open

Thiago em evento da patrocinadora Joma (Foto: Antônio Stewart)

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- A cada ano eu estipulo mini metas para ir batendo aos poucos, seja no curto ou longo prazo. Quero uma consistência maior e ir longe nos torneios de ATP, principalmente nos grandes eventos, o que automaticamente melhoraria a minha colocação no ranking - disse Monteiro.

Em fevereiro do ano passado, o brasileiro igualou seu melhor ranking na ATP após quatro anos, ao atingir a 74ª colocação, assim como havia feito em 2017. A manutenção no top 100 não tem sido uma missão simples, mas ele acredita que pode fechar 2022 entre os 50 melhores do planeta. No início desta temporada, ele somou pontos importantes no ATP 250 de Adelaide.

- Eu venho preparado e acho que tive um bom início de ano, com algumas vitórias na Austrália. É dia após dia, seguir treinando e representar bem o Brasil - analisou Thiago.

Apesar da queda recente, ele ainda é o melhor brasileiro no ranking da ATP. Depois, aparece Thiago Wild, em 129º. O paranaense, porém, foi eliminado nas qualificatórias do Rio Open pelo espanhol Roberto Carballés Baena, no último sábado.

Outros brasileiros no Rio Open são Felipe Meligeni, Rafael Matos e Orlando Luz, que receberam convites, e Matheus Pucinelli, que veio do qualifying. Nas duplas, Bruno Soares disputa o torneio com seu parceiro habitual, o britânico Jamie Murray. A parceria enfrenta na estreia Rogério Dutra Silva e Orlando Luz. Marcelo Melo jogará ao lado do uruguaio Pablo Cuevas.

O Rio Open começou no último sábado, com as fases qualificatórias, mas a competição começa "para valer" nesta segunda. Os portões serão abertos às 15h.

Esta é a décima edição do torneio, que teve o brasileiro Luiz Mattar como campeão nas duas primeiras temporadas (1989 e 90). Depois, ele foi realizado de 2014 a 2020 e não aconteceu no ano passado por causa da pandemia.

- O retorno do Rio Open, sem dúvidas, é uma motivação para mim e para todos os brasileiros envolvidos. Primeiro, por estarmos em casa e segundo por ser o maior evento da América do Sul - disse Monteiro.

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