A base do Vasco inevitavelmente gera expectativa na torcida. O histórico de grandes jogadores revelados e a frequente utilização de um número relevante de crias de São Januário no time principal geram isso. Mas este ano está diferente. Somente três estão titulares. Estão constantes, importantes, mas conscientes de que a briga por espaço será dura. São eles Ulisses, Juninho e Gabriel Pec.
No ano passado, por exemplo, Lucão ganhou a titularidade ao longo da temporada; Ricardo Graça jogou 33 vezes, Galarza e outros jovens alternaram período de importância e o próprio Pec, mesmo sem brilhar atuou em 52 jogos.
As coisas mudaram, o departamento de futebol - dirigentes, comissão técnica e elenco - foram amplamente reformulados e, para tentar o acesso à Série A, as revelações da base deverão ser muito poucas no time inicial. O ponta vem se escalando diante das atuações destacadas neste início de temporada; Juninho tem feito valer a oportunidade pós-lesão de Vitinho; e Ulisses pela primeira vez como profissional jogou três partidas seguidas - e chegou a cinco.
- O Ulisses eu nem considero mais um menino, está há três anos no profissional. É um rapaz que sabe muito bem o que quer, muito dedicado no dia a dia. Lógico que precisa evoluir. Ano passado jogou muito pouco (cinco jogos) e percebemos que a continuidade dele vai depender do crescimento e da evolução física e de entendimento de jogo dele - explica o técnico Zé Ricardo, que emenda:
- Mas (o Ulisses) vem se mostrando um atleta muito responsável, que fala pouco até, e cobramos para que ele fale mais, mas procura fazer tudo aquilo que pedimos, e por isso está começando a colher, com o Juninho e o Pec, bons frutos. Mas, como falei, o campeonato é longo. Teremos suspensões, lesões e competitividade no elenco. Vai fazer bem a ele para se manter em alto nível de performance no dia a dia - projeta o treinador.
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