No agitado mercado da bola deste final de ano, o São Paulo vem marcando presença e assumindo uma posição de destaque . O Tricolor tem feito contratações precisas, de bom custo-benefício, e que podem colocar nas mãos de Rogério Ceni um time de fato competitivo para a temporada 2022.
A forma como a diretoria são-paulina tem agido é bem diferente do que foi feito em gestões passadas. A desastrosa e delirante contratação de Daniel Alves, após a Copa América em 2019, que resultou em pouquíssimos resultados dentro do campo e em uma dívida assustadora que bateu a casa de R$ 18 milhões e ainda custa caro ao clube para quitar débitos, parece ter servido de lição. Afinal, como diz o ditado popular, gato escaldado tem medo de água fria.
Dessa vez as contratações têm sido selecionadas a dedo, Rafinha chega para ser titular absoluto resolvendo o problema da lateral direita. O goleiro Jandrei, vem para fazer sombra, quiçá brigar pela posição com um Thiago Volpi sempre contestado pela torcida e mesmo dentro do clube, por parte da comissão técnica. E o
anúncio do meia-atacante Alisson
, sexta-feira, foi cereja do bolo até aqui, o nome para assumir a liderança do elenco, do alto de seus 28 anos e após passagem vitoriosa pelo Cruzeiro – campeão Brasileiro de 2013 e 2014 e da Copa do Brasil em 2017 - e quatro temporadas no Grêmio. Será, espera-se, um toque a mais de qualidade no meio de campo Tricolor.
A montagem do elenco são-paulino está longe do fim. O clube ainda busca reforços para o ataque onde os alvos são o ex-santista Soteldo, hoje na Liga dos EUA, Douglas Costa que tem situação indefinida no Grêmio e Sorriso, um dos destaques da campanha que levou o Juventude à permanência na elite no Brasileirão desse ano.
Em paralelo às contratações, o São Paulo trabalha para renovar contratos – o zagueiro Arboleda era considerado uma prioridade - e aliviar a folha de pagamento com a
dispensa e negociação de medalhões
como Pablo e Eder que devem se juntar aos goleiros Lucas Perri e Denis Júnior, ao lateral-direito Orejuela, aos zagueiros Rodrigo e Bruno Alves, aos meio-campistas William, Shaylon e Benítez e aos atacantes Rojas e Galeano .
O Tricolor paulista precisa apagar o fiasco dessa temporada, a briga até as rodadas finais para evitar o que seria um inédito rebaixamento para a Série B. Para começar, tem de dar ao Paulistão o peso que o ele tem. O preço de priorizar o estadual deste ano para sair da fila foi alto demais, comprometendo de verdade todo o ano de 2021 – e ainda custou a cabeça de Crespo.
Manter agora Rogério Ceni foi uma decisão acertada. O entendimento entre as partes pode dar ao clube a estabilidade de que precisa para dar a partida na reconstrução. E proporcionar ao ídolo a oportunidade de, enfim, trabalhar o time desde o início da temporada, participando como está da renovação do elenco, o que pode levar à correção dos erros do passado.
O tempo dirá!