Retrospectiva LANCE!: com queda de Marinho, ataque do Santos teve um ano de baixa produção
Rafael Marson
Retrospectiva LANCE!: com queda de Marinho, ataque do Santos teve um ano de baixa produção


No quarto texto da retrospectiva sobre o ano de 2021 do Santos , o LANCE! traz um panorama da performance dos atacantes da equipe. Marinho novamente foi a principal peça do ataque, mas não conseguiu replicar os números da temporada passada. O Peixe viu um Menino da Vila sair, e outro passou a ganhar protagonismo no final do ano. Ainda, a diretoria contratou algumas peças que tiveram resultados questionáveis.

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A ESTRELA SOLITÁRIA

Após um ano no qual muitos clamavam por Marinho na Seleção Brasileira, o camisa 11 entrou em 2021 com o peso de ser o principal protagonista da equipe. E um jogo que indicava uma queda de produção do atacante foi na final da Libertadores diante do Palmeiras, na qual o astro teve partida decepcionante.

Além da queda de produção, Marinho acabou passando por dois episódios curiosos. Em agosto, ele ficou afastado devido à dores na coxa esquerda. Foi comprovado, futuramente, que o departamento médico da equipe causou um hematoma muscular, interno, na coxa do atleta, deixando-o extremamente irritado e afastado por um período maior de tempo.

A relação do camisa 11 com o Santos só deteriorava, e tudo piorou quando ele veio a público reclamar da diretoria por não vendê-lo nem valorizá-lo na metade do ano.

Apesar dos desentendimentos, Marinho terminou a temporada 2021 como artilheiro do Santos, com nove gols. Contudo, seu futuro segue indefinido para a próxima temporada.

OS REFORÇOS

Um dos primeiros reforços ofensivos que chegou no Santos em 2021 foi Marcos Guilherme, emprestado pelo Internacional em maio. O camisa 23 chegou para o ataque, mas desempenho diversas funções, desde ponta (em ambos lados) até ala.

Ele teve um começo convincente no Brasileirão, marcando dois gols nos seus primeiros jogos. Com as mudanças de posição, passou a ser menos ativo no ataque, mas sua entrega em campo sempre foi valorizado por todos os treinadores que passaram pelo Santos.

Em agosto, a diretoria do Peixe aproveitou uma oportunidade de mercado e fechou com Léo Baptistão, que havia rescindido com o Wuhan, da China.

A torcida criou expectativas com a chegada do atacante de 29 anos, especialmente por sua passagem na Europa, mas o camisa 9 sequer balançou as redes em oito jogos. Ainda, o jogador sentiu um problema muscular em outubro e ficou afastado por cerca de dois meses.

Na mesma época em que Baptistão foi confirmado, o Peixe fez mais uma movimentação no mercado e fechou com Diego Tardelli, que não vinha sendo aproveitado pelo Atlético-MG.

O veterano centroavante vinha sendo titular na reta final do Brasileirão de 2021, mas teve uma passagem apagada na Vila Belmiro, marcando apenas um gol em 13 jogos.

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AS SAÍDAS

Uma das principais razões para o Santos ter buscado opções no ataque, especialmente no segundo semestre, se deu pelas saídas de Soteldo e Kaio Jorge.

O venezuelano tinha uma característica única dentro do elenco santista: drible curto e velocidade. E isso fazia dele uma ameaça aos adversários. Contudo, a diretoria do Peixe se viu obrigada a vendê-lo em março ao Toronto FC, para sanar uma dívida com o Huachipato, evitando o transfer ban.

Outro jogador negociado foi Kaio Jorge, justamente no ano de sua ascensão. O atacante vinha com muita expectativa da base e havia se estabelecido como titular nos jogos decisivos da Libertadores de 2020. O Menino da Vila fechou 2021 com oito gols e três assistências em 28 jogos, sendo vendido para a Juventus em agosto.

BASE

Não é de hoje que o Santos produz ótimos talentos ofensivos em suas categorias de base. E novamente, o Peixe apelou para os Meninos da Vila. De todos os garotos testados, Marcos Leonardo foi o que melhor respondeu.

Com a falta de produção de Léo Baptistão e Tardelli, Marcos Leonardo, que não havia agarrado as oportunidade no começo do ano, voltou a ganhar espaço e anotou gols importantes contra Fortaleza, Internacional e Flamengo na reta final do Brasileirão.

As contribuições do camisa 36 nas rodadas finais do Campeonato Brasileiro foram o suficiente para a torcida abraçá-lo. No entanto, há um impasse em sua renovação de contrato, já que o vínculo contratual do atleta com o Peixe vai até outubro de 2022.

Caso o imbróglio seja resolvido, tudo indica que Marcos Leonardo seja o titular no ataque do Santos no começo da nova temporada.

Outro Menino da Vila cercado de expectativas é Renyer. Visto como o "próximo Rodrygo", o garoto de apenas 18 anos só recebeu oportunidades na reta final do Brasileirão de 2020 e no começo do Paulistão. Ele passou a temporada anterior se recuperando de uma reconstrução no ligamento cruzado do joelho direito.

A torcida pedia, especialmente nos tempos de Diniz e Carille, para o garoto ser mais aproveitado, mas ele terminou o Brasileirão de 2021 sendo relacionado apenas quatro vezes.

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