Perto do final no ano, São Paulo não soma nem metade do valor almejado com vendas de jogadores para 2021
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Perto do final no ano, São Paulo não soma nem metade do valor almejado com vendas de jogadores para 2021


Em meio a uma grave crise financeira, na qual vê sua dívida total se aproxima dos R$ 700 milhões, o São Paulo conta os dias para o término do ano enquanto constata que até agora não conseguiu gerar nem metade da receita estipulada com vendas de jogadores em 2022 . Dos R$ 176 milhões fixados como meta em seu planejamento orçamentário, o Tricolor "só" somou R$ 75,8 milhões com as transferências de atletas, que é a principal fonte de renda do clube atualmente.

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Este valor foi confirmado no último relatório de atividades administrativas, divulgado pelo São Paulo em seu site oficial, que compreende o período entre o início do ano até o bimestre setembro/outubro. E a receita almejada com as transações de jogadores era de R$ 144,6 milhões até o primeiro destes meses. E como o clube não anunciou a negociação de nenhum outro nome do seu elenco, a quantia de R$ 75,8 milhões ainda é a última oficialmente arrecadada.

A venda de jogador que gerou, de forma disparada, a maior receita ao São Paulo no ano foi a que levou o atacante Brenner ao FC Cincinnati, dos Estados Unidos, em transferência confirmada em fevereiro na qual o jovem de 21 anos foi negociado por US$ 13 milhões (cerca de R$ 69,6 milhões na cotação da época e algo em torno de R$ 74 milhões atualmente). E vale lembrar que este montante teve o seu pagamento dividido em cinco parcelas de US$ 2,6 milhões.

Assim como Brenner, o volante Rodrigo Nestor e os meias Igor Gomes e Gabriel Sara são atletas formados nas categorias de base são-paulina. Entre estes três últimos nomes que integram o atual elenco profissional, Nestor foi sondado por alguns clubes da Major League Soccer (MLS), a principal liga de futebol dos Estados Unidos, que sinalizaram com a possibilidade de desembolsar algo em torno de R$ 27 milhões para contratar a promessa de 21 anos de idade.

Entretanto, Nestor continua defendendo o São Paulo, pelo qual estreou no time profissional em novembro do ano passado e que em 2022 foi o terceiro jogador do elenco com mais atuações, com 55 partidas disputadas. O atleta só ficou atrás do goleiro Tiago Volpi e do zagueiro Léo, com 64 e 58, respectivamente.

Atravessando séria crise financeira, o São Paulo viu seu Conselho Fiscal alertar, no mês passado, em outro documento divulgado no site oficial do clube, sobre a "urgência" de negociar jogadores na próxima janela de transferências para começar a quitar as suas dívidas e se tornar sustentável para o próximo ano.

Na ocasião, o órgão fiscalizador das contas do Tricolor manifestou preocupação com a situação crítica ao analisar o balancete de setembro, que confirmava um déficit de R$ 71,3 milhões no acumulado do ano até aquele mês.

- Especificamente quanto ao balancete de setembro, constatou-se um resultado financeiro muito ruim, com um custo/despesas de aproximadamente 70% (setenta por cento) maior do que o arrecadado no período (receitas) - ressaltou o Conselho Fiscal, que em seguida no documento especificou os motivos principais para o aumento expressivo do endividamento do São Paulo.

- Os valores de maior relevância estão relacionados ao futebol profissional, tanto com relação à redução de receitas diante das eliminações recentemente ocorridas, quanto com relação ao aumento das despesas, principalmente pela negociação da saída do jogador Daniel Alves, o que impactou profundamente o resultado dos referidos balancetes - alertou o órgão, se referindo à rescisão de contrato do atual atleta do Barcelona, a quem o Tricolor deve cerca de R$ 11 milhões em direitos de imagem, além de valores acertados em acordo pela CLT.

HELINHO DEVERÁ RENDER UMA BOA QUANTIA AO CLUBE

Emprestado pelo São Paulo ao Red Bull Bragantino, o atacante Helinho deverá ser adquirido em definitivo e assim render uma boa quantia ao Tricolor. O negócio ainda não foi oficializado entre as partes, mas o clube de Bragança Paulista já avisou que exercerá a sua opção de compra dos direitos do atleta, prevista em contrato, e pagar R$ 24 milhões no negócio. O valor será quitado em parcelas, mas já significará uma importante receita aos cofres são-paulinos.





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