Ao L!, Procópio Cardozo se emociona ao falar de homenagem que recebeu do Palmeiras: 'Não tem preço'
Alexandre Guariglia
Ao L!, Procópio Cardozo se emociona ao falar de homenagem que recebeu do Palmeiras: 'Não tem preço'


Na última quinta-feira, dia 18 de novembro, o Palmeiras homenageou jogadores da Primeira e da Segunda Academia , período mais vitorioso da história do clube, com títulos de sócios remidos. Esse gesto emocionou demais os atletas, entre eles Procópio Cardozo, que defendeu o Verdão entre 1965 e 1966. Ao LANCE! , o ex-zagueiro não escondeu a emoção e agradeceu ao clube.

A reportagem entrou em contato para conversar com Procópio para que ele falasse de quando o Palmeiras enfrentou o Uruguai representando a Seleção Brasileira, mas o papo partiu para o lado da emoção e da gratidão que o ex-jogador tem pela instituição. O respeito é tanto que ele fez questão de que o LANCE! publicasse o agradecimento por uma homenagem feita em vida.

- Fantástico, o Palmeiras foi de uma felicidade... Já coloquei nas redes sociais, liguei para o Palmeiras, cheguei em BH, liguei para o Palmeiras agradecendo os funcionários, todo mundo, uma delicadeza, uma gentiliza... Mas além do título que nós ganhamos, me emocionou muito o agasalho, a camisa, o tênis, que eles nos deram, e estão comigo guardados. Então é muito gratificante isso.

- Eu gostaria de agradecer principalmente os funcionários do Palmeiras, que foram de uma dedicação, de uma gentileza que você não pode imaginar, no modo de tratar, no modo de agir, eu fiquei encantado. Tudo me encantou, mas esse tratamento para nós todos foi uma maneira que eu nem sei como explicar. Eu fiquei emocionado de ver a atenção das pessoas.

Procópio lembrou do dia 7 de setembro de 1965, quando o Palmeiras foi a Seleção Brasileira contra o Uruguai para marcar a inauguração do Mineirão. Natural do estado, o ex-zagueiro teve uma das maiores emoções de sua carreira e, por essas e outras, é grato ao Alviverde por ter feito parte daquilo.

- Eu te confesso que foi um momento de muita emoção para mim, porque eu era mineiro de Belo Horizonte, então inaugurado, que elevou o futebol mineiro, elevou a condição dos clubes mineiros. Aquilo foi fundamental para a minha carreira, até hoje eu tenho muito orgulho, eu sou muito grato ao Palmeiras e fui com o coração alegre e feliz quando fui convidado, participei com muita alegria e agradeci muito a Deus, por estar vivo e estar presente nessa homenagem que o Palmeiras nos fez - contou o ex-defensor.

Confira outros trechos da entrevista completa com Procópio Cardozo:

Rever antigos companheiros e receber a visita de Abel Ferreira
Você voltar a ver seus ex-companheiros, os que estão vivos, porque muitos já foram. Eu tive o prazer de rever Ademir, Dudu, Picasso, que jogaram comigo foi muito bom, além de ver a potência que está o Palmeiras. Outra coisa também é que o treinador do Palmeiras foi muito gentil, o Abel, foi falar com todos nós, foi conversar, uma simpatia, uma delicadeza extraordinária, quer dizer, você vai para uma confraternização de 50 e tantos anos e ser tratado dessa maneira, um português que está lá agora, um cara que participou, esteve presente, almoçou conosco, então foi muito bom, foi um presente antecipado de Natal.

Emoção no reencontro e homenagem que não tem preço
Eu quase me emocionei quando abracei Dudu e Ademir. Dos que jogaram comigo, só estávamos ali Dudu, Ademir e Picasso. Lógico que eu fiquei alegre de ver os outros também. César, Leão, a turma toda foi muito gentil, foi muito elegante com a gente, mas esses foram com quem eu joguei, com quem a saudade bateu forte, foi muito gratificante, muito bacana.

Eu fiquei muito grato ao Palmeiras, agradeci ao presidente, porque são poucos clubes que homenageiam seus atletas em vida daquela maneira. A gente via a alegria da turma, almoço com toda a diretoria do palmeiras, com nós todos ali, uma confraternização de irmão, de família, tantos anos que ficamos longe e o Palmeiras nos proporcionou isso. O título que eles nos deram é muito bom, é à parte, mas a alegria de rever os amigos, de lembrar dos que já se foram, voltar no tempo, nada paga, não tem preço isso. Sou muito grato ao Palmeiras e até falei para o Abel que estarei torcendo, rezando e orando para que o Palmeiras consiga essa conquista lá.

Nostalgia pela qualidade do time e tristeza pelos que não estão mais
Foi uma coisa espetacular, foi muito bom rever os companheiros e a saudade dos outros que já partiram, você lembrar de Julinho, de Djalma Santos, de Djalma Dias, Servílio, Tupãzinho. Meu Deus, é muita emoção, na hora chorei um pouco, mas eu tinha que ser forte, porque é um momento duplo, de tristeza e alegria. Foi bom demais, vivi para ver isso, para ver uma homenagem daquelas.

Graças a Deus eu participei de um clube que era um espetáculo, o modo de jogar, a maneira como nós nos tratávamos, naquele tempo as concentrações eram longas, então a gente convivia muito com os jogadores, era diariamente nos treinos e concentrações longas.

Muito bom ter essa experiência em vida, porque infelizmente muitos como Valdir, Djalma Santos, Djalma Dias, Servílio, Julinho, Tupãzinho, já foram, meus queridos amigos. Foi uma coisa nostálgica e a tristeza de não vê-los ali, mas ao mesmo tempo tinha prazer de você ter participado com eles daquela academia, daquele espetáculo que era o Palmeiras. O melhor de tudo é que eles estão em nosso coração, no meu coração.

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