Com festa da torcida, Fluminense faz o dever de casa e ganha força para buscar a vaga nesta reta final
Felipe Melo
Com festa da torcida, Fluminense faz o dever de casa e ganha força para buscar a vaga nesta reta final


A formação de uma equipe profissional deve ser estruturada em uma mescla entre atletas experientes e a chegada dos mais jovens. O Fluminense tem feito isso com eficácia nas últimas temporadas. E a vitória sobre o América-MG, neste domingo, ressaltou esse aspecto. A dupla Luiz Henrique e Fred decidiu e mostrou que o time está vivo na busca pela segunda participação seguida na Copa Libertadores.

O Tricolor não precisou ser brilhante, mas foi certeiro nas chances que teve. Aproveitou os erros de um adversário que pouco incomodou e construiu o resultado com o apoio da torcida, no Maracanã. A festa foi bonita e promete se ainda maior na quarta, quando terá o Internacional pela frente, às 21h30.

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Para quarta, o time precisa elevar o nível de atuação em mais um "jogo de seis pontos". Os erros apresentados no primeiro tempo remetem a transição ofensiva. Faltou agilidade nas infiltrações para ser mais efetivo na frente. O setor de criação careceu de criatividade e velocidade nos primeiros 45 minutos e ainda necessita progredir.

Por outro lado, o retorno de Samuel Xavier foi importante na lateral, com boa marcação no setor. O sistema defensivo fez um jogo seguro sem dar espaço ao adversário. Marcão acertou na distribuição das peças e elogiou a maneira como os jogadores corresponderam em campo. Nos uniformes, uma justa e bonita homenagem a personalidades negras da história do clube, com nomes como Escurinho, Waldo, Washington, Assis e Didi.

Faltava abrir o placar no primeiro tempo para voltar do intervalo com mais segurança. Mas as chances vieram de chutes de longa distância. O Fluminense entrou na área apenas com Caio Paulista no primeiro minuto de jogo. Um confronto direto, porém, pode ser decidido no detalhe, e o América pecou na linha de impedimento.

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A estratégia foi mal executada, e os donos da casa tiveram a chance de abrir o placar com o jovem Luiz Henrique. Talentoso, o atacante voltou de lesão e desencantou ao balançar a rede depois de nove jogos. O fim do jejum foi importante para ganhar confiança e retornar do intervalo com mais espaço para jogar.


Dito e feito, os mineiros tiveram que se lançar ao ataque, mas ainda assim pouco assustaram a meta de Marcos Felipe. Com mais espaço, Marcão colocou Jhon Arias e Cazares em campo. O atacante teve duas chances, mas faltou calibrar o pé. O equatoriano mostrou visão de jogo e achou o colombiano na área. Eduardo Bauermann foi imprudente e derrubou o atacante na área.

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Em cima do lance, Héber Roberto Lopes assinalou a penalidade máxima. De volta após cumprir suspensão, Fred pegou a bola com a pressão de não marcar desde setembro. Diante dele, a segunda maior vítima de sua carreira. Com a frieza que lhe é característica, o ídolo tricolor ampliou o placar e marcou o seu 13 tento sobre o Coelho em sua história como atleta profissional. Com a camisa de Waldo, maior artilheiro do clube, o camisa 9 desencantou.

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No fim, Marcão ainda teve tempo de colocar Raúl Bobadilla, Nonato e Luccas Claro em campo. O América-MG na teve força para reverter a desvantagem, e o Fluminense colocou na tabela três pontos essenciais para a manutenção do grande sonho: disputar a Libertadores pelo segundo ano seguido. A má notícia fica por conta de André, que recebeu o terceiro amarelo e não joga na quarta.

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Além dele, Luiz Henrique e Nino saíram com dores, e o zagueiro será reavaliado. O elenco do Colorado é mais robusto e tende a trazer mais perigo. É a hora de concluir mais um dever de casa para abrir vantagem sobre os adversários antes de enfrentar Atlético MG e Bahia longe de seus domínios. O ideal é chegar à última rodada contra a já rebaixada Chapecoense com a vaga encaminhada e não correr riscos.

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