Na briga por seguir na Série A, Atlético-GO caminha para se transformar em S.A.
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Na briga por seguir na Série A, Atlético-GO caminha para se transformar em S.A.


Na disputa da Série A do Campeonato Brasileiro pelo segundo ano seguido, o Atlético Goianiense vem há anos vem implementando um regime de controle financeiro visando a redução das dívidas e estabilidade de longo prazo, tanto financeira quanto esportiva.

Enquanto vários clubes estão vendo seu endividamento crescer seguidamente, o Dragão está por liquidar definitivamente até o final do ano a dívida trabalhista, deixando o passivo quase que exclusivamente em tributos federais, os quais estão parcelados no programa Profut e cujas prestações vem sendo pagas em dia.

Esse regime de controle de gastos, baseado na responsabilidade de custos no departamento de futebol, foi destaque na 12ª edição do Análise Econômico-Financeira dos Clubes Brasileiros de Futebol apresentada há poucos dias pelo Itaú BBA.

Nas conclusões do banco, avaliou-se como: “inegável o bom trabalho realizado pelo Atlético Goianiense ao longo dos últimos anos, e que acabou por permitir que mesmo num ano com pandemia a situação permanecesse sob controle. Aproveitando o retorno à Série A, o clube soube manter os gastos dentro da sua nova realidade de receitas, o que permitiu manter as margens saudáveis e o endividamento comportado. E ainda assim permanecer na Série A”.

Segundo o Diretor Administrativo do clube, Marcos Egídio, nada disso é por acaso:

- Trabalhamos com os pés no chão. Essa é a política implementada há anos, e em função disso temos conseguido apresentar números positivos mesmo nos anos em que caímos para a Série B. Estamos diminuindo fortemente, ano a ano, o tamanho dívida e executamos uma política bastante restritiva quanto ao controle de gastos, objetivando ter uma sustentabilidade financeira de longo prazo.

O clube sonha com voos maiores e, por isso, contratou o escritório Carlezzo Advogados, especialista em operações no futebol, para preparar sua conversão em sociedade anônima e a venda de uma parte das ações para um investidor.

- No final de 2019 iniciamos um trabalho com o clube com o objetivo de preparar as bases para a criação de uma SA e buscar um investidor estratégico que possa alavancar as atividades. A SA já está constituída, contudo ainda não está operacional. Estamos esperando o momento adequado para fazer a migração total do futebol para a empresa”, explica o advogado Eduardo Carlezzo.

- Neste ano de 2021 estamos tendo retorno de alguns investidores estrangeiros com que falamos no passado. Já dá para sentir que o Brasil, aos poucos, entra no radar dos estrangeiros e um dos primeiros clubes que chama a atenção é o Atlético Goianiense, pois já fez a lição de casa e está com todo o processo interno bastante avançado para receber um sócio - completou Eduardo Carlezzo.

Em meio a essas inovações administrativas, o clube tenta manter-se na Série A para 2022, chegando a três temporadas consecutivas na elite do futebol nacional. No momento, a equipe é a 16ª colocada, com 36 pontos, uma posição acima do Z4. Neste sábado, o Dragão recebe o Ceará, às 21h, pela 34ª rodada, tentando aumentar a vantagem para a área de rebaixamento.

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