Jô nega crise no Corinthians e diz aceitar críticas, mas pede 'respeito e coerência' da torcida nas cobranças
Rafael Franco
Jô nega crise no Corinthians e diz aceitar críticas, mas pede 'respeito e coerência' da torcida nas cobranças


Após vencer o Cuiabá por 3 a 2 no último sábado, em casa, o Corinthians viu a paz passageira garantida pelo triunfo acabar a partir da derrota por 1 a 0 para o Flamengo, na quarta-feira, no Maracanã. Um dia depois do revés, a filha do técnico Sylvinho, Taty Mendes, fez desabafo em suas redes sociais para reclamar de mensagens de ódio de torcedores contra ela, seu pai e seu irmão , e nesta sexta a Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do clube, divulgou nota oficial cobrando a demissão do comandante e de membros da diretoria .

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Ao comentar este contexto em entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira, no CT Joaquim Grava, o atacante Jô afirmou que encara as críticas e a cobrança por bons resultados com naturalidade, mas reprovou manifestações agressivas de parte da torcida e aproveitou para pedir "respeito e coerência" à Fiel.

- Não vejo como uma situação de time em crise, o Corinthians é um time grande, tem pressões, torcedor tem todo o direito de cobrar dentro do respeito e da coerência. Estamos brigando por uma vaga direta na Libertadores. É natural que os torcedores queiram ver as coisas acontecerem, nós também queremos - afirmou Jô, para em seguida lembrar o revés da última quarta, sofrido com um gol tomado nos acréscimos do segundo tempo no Maracanã.

- Foi uma derrota dolorosa contra o Flamengo, existem alguns tropeços, é natural numa equipe em construção, mas o trabalho é bem feito. A torcida tem direito de cobrar, claro, mas respeitando a família de cada profissional - disse.

'SEI QUE VOU SER COBRADO, NÃO TEM PARA ONDE CORRER'

Já ao comentar as críticas que ele próprio recebe, Jô também assegurou que encara as mesmas com naturalidade, mas admitiu o seu descontentamento com ofensas ou mensagens de ódio que são enviadas por torcedores nas redes sociais contra o comandante corintiano e também direcionadas aos familiares do treinador e dos jogadores, em publicações que têm objetivo de intimidá-los.

– Eu particularmente recebo as críticas numa boa, tenho uma história no clube, tenho minhas qualidades e características, sei que vou ser cobrado, não tem para onde correr. Fico feliz, pois sabem da minha capacidade. Discordo com desrespeito em redes sociais ou nas ruas, isso ninguém vai concordar - reforçou Jô, que em julho deste ano chegou a ter o seu carro apedrejado, com seus ele e seus familiares dentro do veículo, e foi perseguido por torcedores insatisfeitos com a presença do atleta em um evento na capital paulista.

- A cobrança é natural ter dentro do Corinthians, mas ser atacado, a família, a esposa, os filhos, isso não é legal. É uma minoria que faz isso e tem que ter consciência, somos profissionais e seres humanos. Temos que dar atenção a quem nos apoia. É uma maravilha ter a Fiel no estádio nos ajudando, nosso desempenho (como mandante no Brasileirão) subiu - completou o atacante, se referindo ao retorno recente da torcida à Neo Química Arena após quase 20 meses com o estádio de portões fechados por causa da pandemia da Covid-19.

Neste domingo, às 16h, em Itaquera, pela 34ª rodada do Brasileirão, o Timão enfrentará o Santos em um clássico no qual buscará a sua sétima vitória seguida em casa e também consequentemente entrar no G4, a zona de classificação direta à Libertadores. Com 50 pontos, o Alvinegro ocupa o quinto lugar, logo atrás do Red Bull Bragantino, que tem 52 pontos e já disputou o seu jogo desta jornada do torneio por estar envolvido na decisão da Copa Sul-Americana, na qual encara o Athletico-PR neste sábado, em Montevidéu (URU).

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