O início de temporada ruim, tanto no PSG quanto na Seleção, fez Neymar virar alvo de críticas quanto a suas atuações, principalmente no empate em 0 a 0 com a Colômbia. Desde então, o camisa 10 vem recebendo o apoio dos companheiros em postagens nas redes sociais. Um deles foi Thiago Silva, que em coletiva nesta terça-feira (12) voltou a sair em defesa do amigo e disse acreditar que há exagero nas cobranças.
"É uma situação bem difícil. Embora saiba que sofremos pressão de todos os lados, mas é diferente. Parece direcionada e individual. A gente deixa muito de lado o que ele vem fazendo dentro de campo e focando em coisas que não são interessantes. Ele se cobra muito. A gente sabe que tem que jogar melhor, ter um entrosamento melhor. Ele sabe que não fez um jogo de Neymar. Tem essa autocrítica. Mas fica uma cobrança muito forte e coisas que não tem nada a ver", afirmou.
Thiago Silva, inclusive, fez uma comparação com a situação que ele viveu na Copa de 2014, quando era capitão e chorou antes da disputa por pênaltis com o Chile, pelas oitavas de final. "Eu passei por momentos semelhantes, principalmente depois da Copa de 2014. Fui tachado de chorão, de psicológico fraco. Coisas que vão te machucando e você sabe que não é. Espero que ele não perca essa alegria. Ele é um moleque super especial. Quando está alegre fazendo o que gosta, sempre dá conta do recado e desempenha o que sempre desempenhou. É melhor para a nossa Seleção", relembrou.
Mais experiente do grupo, Thiago Silva também falou sobre a pressão sobre a Seleção, que apesar dos bons resultados não consegue fazer boas atuações. "Temos sido criticados pela forma como jogamos. O momento não é dos melhores, apesar dos resultados positivos. É momento do homem (Tite) testar uma ou outra situação. Se ele testa está errado, se não testa está errado. Precisamos entender o lado dele. O quanto é difícil escalar e convocar a Seleção Brasileira. As pessoas só pensam do lado delas e esquecem do outro, do humano. Não temos que ficar pensando no passado, mas sim tentar resolver o que podemos resolver", finalizou.