Conselheiros da ala de oposição à atual gestão do Santos protocolaram nesta segunda-feira (21) o pedido de suspensão dos membros do Comitê de Gestão, Matheus Rodrigues e Pedro Doria, por conta dos 20 dias de “gancho” dados pelo STJD à dupla, por conta da notificação dada pelo árbitro Wilton Pereira Sampaio, que alegou que ambos invadiram o gramado da Vila Belmiro no intervalo da derrota do Peixe por 1 a 0 para o Flamengo, pela sexta rodada do Brasileirão, no dia 30 de agosto, proferindo ofensas à equipe de arbitragem.
Autor do documento, o conselheiro Diego Turato classificou a medida como “Defesa da Ética e Moral do Santos FC”.
– Apresentei hoje no Conselho Deliberativo do Santos FC um requerimento pedindo punição a dirigentes que estão prejudicando o Santos FC. Não quero com este procedimento defender o árbitro de futebol. Entendo que faltou postura aos dirigentes ao invadir o gramado. Esta não é a conduta adequada. O certo é que os dirigentes tenham força política na CBF e na FPF e façam as suas reclamações por lá, sem o expor o clube ao vexame, como fizeram – escreveu através das suas redes sociais.
O documento foi protocolado pelo conselheiro Diego Turato praticamente no mesmo momento em que também foi homologado no Conselho Deliberativo uma outra solicitação de suspensão, esta direcionada apenas a Matheus, pelo também opositor Wiber Gadi
, que questiona a ausência do pedido de afastamento de Rodrigues em seu cargo de gestão, para concorrer ao cargo de vereador na cidade de Bertioga.
Defesas de Matheus e Pedro
Ao “UOL Esporte”, Matheus Rodrigues e Pedro Doria, se defenderam tanto do requerimento, quanto das acusações sobre invasão do gramado contra o Fla.
– É uma tentativa infrutífera de nos atacar, de nos atrapalhar. Não cometemos nenhum ato que puna o clube. Fizemos uma crítica a uma situação que ocorreu e foi ridícula. Tivemos uma interferência muito grande do VAR, decisões equivocados no nosso julgar, e nós como somos dirigentes do clube e chefes de delegação tínhamos total acesso e credenciamento para estar dentro do gramado – disse Pedro Doria.
– Antes dos jogos somos responsáveis por fazer a vistoria junto aos delegados da partida. Nossa pena foi em função da nossa manifestação de forma negativa, sem precisar quem fez a manifestação. E isso foi defendo os interesses do clube – completou o gestor.
– Não houve invasão, palavrão ou ofensa. Não houve ofensa. Com credencial, fomos apenas cobrar a questão do critério dos lances aplicados naquele jogo. Cabe à CBF, através do STJD, julgar. Isso já foi feito e estamos cumprindo a pena – afirmou Matheus Rodrigues.
Matheus e Pedro são os membros do Comitê Gestor mais próximos ao presidente José Carlos Peres e participativos de forma ativa na gestão, atuando juntamente ao Departamento de Futebol do clube e referente aos assuntos administrativos do Alvinegro Praiano.