Avião da Lamia levava a equipe da Chapecoense para Medellin, na Colômbia
REPRODUÇÃO TWITTER ALEXANDRE PEREIRA
Avião da Lamia levava a equipe da Chapecoense para Medellin, na Colômbia


O gerente-geral da companhia aérea Lamia, Gustavo Vargas, foi preso nesta terça-feira (6) na Bolívia, de acordo com o Ministério Público. Além do diretor, foram detidos outros dois funcionários, a secretária e o mecânico, da empresa responsável pelo avião que caiu na semana passada com a equipe da Chapecoense e jornalistas brasileiros.

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Segundo o jornal boliviano "El Deber", todos os funcionários da Lamia foram levados para prestar depoimento na sede da procuradoria de Santa Cruz. Assista ao momento no vídeo abaixo.

Gustavo Vargas já foi piloto do presidente Evo Morales e é pai de um funcionário de alto escalão exonerado da Direção Geral de Aeronáutica Civil (Dgac), órgão responsável por autorizar a operação de companhias aéreas no país. Na semana passada, ele havia reconhecido que a aeronave precisava ter feito uma escala entre Santa Cruz de la Sierra e Medellín, já que o trajeto do voo era igual à autonomia do jato.

Também foram detidos o diretor de manutenção da Lamia, Antonio Bedregal, e uma funcionária do setor administrativo. A Justiça boliviana investiga a empresa para saber como ela conseguiu licença para operar. Segundo o ministro de Obras Públicas Milton Claros, há indícios de tráfico de influência.

A empresa aérea está sendo investigada por uma suposta responsabilidade no acidente com a aeronave que matou 71 dos 77 passageiros do voo rumo à Medellín, na Colômbia.  A Direção Geral de Aeronáutica Civil da Bolívia apreendeu, também nesta terça-feira, documentos da companhia aérea e interditou seus escritórios, de acordo com o mesmo jornal. 

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El Deber

Gustavo Vargas, de camisa xadrez, sendo preso na Bolívia

Falta de combustível foi a causa da tragédia

Uma "pane seca" foi a causa da queda da aeronave da Lamia, que causou a morte de 71 passageiros, entre jogadores, comissão técnica e dirigentes da Chapecoense, jornalistas e tripulantes, em Medellín, na Colômbia. De acordo com o secretário de segurança aérea da Colômbia, coronel Freddy Bonilla, o avião operava com menos combustível do que o mínimo exigido por lei. 

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O secretário reforçou que a pane elétrica relatada pelo piloto da aeronave foi ocasionada pela falta de combustível, uma vez que as turbinas, fontes de energia elétrica, não funcionaram mais devido ao tanque vazio.

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A tragédia na Colômbia

O avião que transportava a delegação da Chapecoense e jornalistas brasileiros para Medellín, na Colômbia no dia 28 de novembro, para a relização do primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, caiu a poucos quilômetros de pousar no aeroporto, por falta de combustível. 

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Entre as 71 vítimas fatais da aeronave da Lamia estavam jogadores, comissão técnica, dirigentes, jornalistas e tripulação. Apenas seis pessoas sobreviveram à tragédia: o goleiro reserva Follmann, o lateral Alan Ruschel, o zagueiro Neto, o jornalista Rafael Henzel, o técnico da aeronave Erwin Tumiri e a comissária de bordo Ximena Suarez. Os sobreviventes brasileiros ainda seguem internados.

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