Presidente do Palmeiras reclamou da arbitragem, que anulou o pênalti no clássico
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Presidente do Palmeiras reclamou da arbitragem, que anulou o pênalti no clássico

O Superior Tribunal de Justiça Desportiva – STJD rejeitou nesta quarta-feira (19), por unanimidade, o pedido do Palmeiras pela impugnação da final do Campeonato Paulista deste ano. O Corinthians segue como campeão paulista de 2018 .

No julgamento do STJD do Processo nº 271/2018, os auditores entenderam que o clube não conseguiu provar a interferência externa em lance no segundo jogo da decisão contra o Corinthians, no Allianz Parque. Apesar da decisão unanime, os auditores fizeram algumas observações,

“Indícios são elementos de provas. Mas têm peso também. Marca de batom na lapela tem menos peso do que na cueca. Mas a certeza tem que ser inquestionável. Tenho impressão que houve interferência externa, mas me falta a convicção absoluta”, disse o auditor Mauro Marcelo de Lima e Silva.

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O presidente do STJD, Paulo César Salomão Filho, também se posicionou em dúvida quanto ao lance e disse que espera que o VAR encerre esse tipo de discussão.

Veja abaixo o lance que iniciou a confusão:

O Palmeiras vem recorrendo do resultado da decisão do Paulistão 2018 desde o encerramento do jogo, no dia 08 de abril. Em maio, o recurso do clube alviverde já tinha sido negado pelo Tribunal de Justiça Desportiva – TJD . Agora com a negativa do STJD, encerram-se as possibilidades de o clube recorrer dentro do Brasil.

Sendo assim, o clube ainda tinha a oportunidade de próxima instância na Corte Arbitral do Esporte (CAS), na Suíça, o mesmo que analisou o caso de doping de Paolo Guerrero. Mas o clube, por meio de nota oficial ( que você pode ler abaixo ), decidiu não dar sequência a novos recursos.

"A Sociedade Esportiva Palmeiras entende que deu sua contribuição ao demonstrar, de maneira inequívoca, a interferência externa na atuação da arbitragem na final do Campeonato Paulista deste ano. Após um processo de investigação extremamente minucioso, o Palmeiras comprovou que houve comunicação não permitida pelo regulamento com os árbitros.

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Infelizmente, os tribunais esportivos brasileiros não entendem que a série de fatos apresentados constitui prova suficiente para anulação de uma partida de futebol, o que lamentamos.

Porém, tudo o que foi demonstrado pelo Palmeiras foi referendado pela opinião pública e pela mídia especializada e, graças a essa movimentação do clube, algumas atitudes foram tomadas no sentido da evolução no futebol brasileiro.

A CBF, que não introduziu o uso do VAR no Campeonato Brasileiro porque não teve a votação suficiente dos clubes, determinou sua utilização a partir das quartas de final da Copa do Brasil. O Palmeiras foi o único clube do Estado de São Paulo que votou a favor do uso da tecnologia e seguiu fazendo gestões junto à CBF para que a ideia não fosse arquivada.

Até a FPF, após as evidências levantadas pelo Palmeiras, decidiu adiantar o uso do VAR, e o Campeonato Paulista de 2019 também terá a utilização desta tecnologia a partir das quartas de final, o que, esperamos, ajude a diminuir as questões duvidosas e traga legitimidade à tecnologia no auxílio à arbitragem. 

Ainda há espaço para mais avanços. Por isso, o Palmeiras segue sugerindo a disponibilização das gravações das comunicações entre os árbitros e a reciclagem e renovação do comando do Departamento de Arbitragem da Federação Paulista de Futebol.

A Sociedade Esportiva Palmeiras espera que esse caminho de evolução não tenha mais volta no futebol brasileiro. O clube seguirá, por sua vez, sempre batalhando e à frente de posturas que contribuam para o desenvolvimento do esporte nacional. 

Para este caso específico, consideramos nossa missão cumprida e, por isso, não daremos sequência a novos recursos. 

Sociedade Esportiva Palmeiras"

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Com a atitude do Palmeiras de entrar com processo no STJD , a relação entre o clube e a Federação Paulista de Futebol ficou deteriorada. Oficialmente o alviverde está rompido com a entidade e sequer mandou um representante na festa de encerramento da competição. O presidente Galiotte e o diretor jurídico do Palmeiras, Alexandre Zanotta, chegaram a serem punidos pelo TJD por críticas ao torneio e ao tribunal.

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