A Fifa divulgou nesta terça-feira o relatório Garcia, que indica possíveis esquemas de corrupção nas escolhas das sedes das Copas do Mundo de 2018 e 2022, na Rússia e no Catar, respectivamente. A entidade tornou público o documento de 430 páginas em seu site após o mesmo ter sido vazado pelo jornal alemão "Bild" de forma ilegal.

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No relatório da Fifa , o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira , foi citado muitas vezes e, mesmo tendo deixado a entidade por conta dos escândalos de corrupção, em 2012, ele será investigado e um processo será aberto.

Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, será investigado após divulgação de relatório feito pela Fifa
Reprodução/Twitter
Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF, será investigado após divulgação de relatório feito pela Fifa

Em uma das citações, Ricardo Teixeira é acusado de ter recebido regalias dos organizadores da candidatura do Catar para receber o Mundial de 2022 durante um amistoso entre a seleção brasileira e a Argentina no país asiático, em 2010. Na ocasião, o hotel que o cartola se hospedou custou 18 vezes mais do que o de Messi, por exemplo. Ele fazia parte do comitê que decidiria o local da Copa.

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Ele recebeu ainda alguns presentes dos candidatos a sede. O ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter, e o ex-mandatário da Uefa, Michel Platini, também estão na lista dos presenteados, assim como outros cartolas do futebol mundial.

O documento indica ainda que o ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell, depositou cerca de 2 milhões de libras (aproximadamente R$ 6,6 milhões) para a filha de 10 anos do ex-presidente da CBF. Não ficou garantido, porém, que o valor está relacionado à candidatura do Catar.

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"Por uma questão de transparência, a Fifa informa que este relatório foi finalmente publicado", disse a entidade em seu site após a divulgação do relatório conduzido internamente pelo ex-procurador americano Michael Garcia.

Outros brasileiros

O ex-presidente da CBF e o atual, José Maria Marin e Marceo Polo del Nero, que também estão envolvidos em casos de corrupção desde uma grande operação em maio de 2015 feita pelo FBI e pela polícia da Suíça, que deteu diversos cartolas e culminou em uma crise interna na Fifa, não foram citados neste estudo.

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