Em entrevista à rede BBC, Thomas Bach , presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) garantiu que 2021 será a última oportunidade para a realização dos Jogos de Tóquio. Além disso, ele afirmou apoiar a decisão dos organizadores japoneses de cancelar definitivamente os Jogos caso a pandemia não seja controlada até ano que vem.
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- Particularmente, eu entendo essa visão, mesmo porque você não pode manter para sempre uma equipe de trabalho com três a cinco mil pessoas em um comitê organizador - disse o presidente do COI
, que em seguida completou.
- Não é possível mudar a cada ano todo o calendário esportivo mundial das grandes federações. Não se pode ter os atletas nesta incerteza e não se pode sobrepor os Jogos seguintes - finalizou o dirigente, em referência aos Jogos de Paris-2024.
Apesar do comentário, Bach reiterou o compromisso de que a Olimpíada
seja disputada em julho do ano que vem e afirmou o apoio aos atletas, federações e a organização do evento. Sua fala é parecida com a do Presidente do Comitê Organizador, Yoshiro Mori, que no fim de abril, comentou que não haveria outro adiamento caso a Olimpíada de Tóquio não pudesse ser realizada em 2021.
- Estamos nos preparando para diferentes cenários e todos eles estão sendo considerados. Quando tivermos clareza como mundo estará em 23 de julho de 2021, nós tomaremos as devidas providências - salientou.
Desde 1986, ano do início dos Olimpíadas da Era Moderna, somente três edições do Jogos não aconteceram, ambos por causa de conflitos bélicos. Em 1916, os jogos seriam realizados em Berlim, Alemanha., mas foram cancelados por causa da Primeira Guerra Mundial. Já em 1940, Tóquio receberia sua primeira Olimpíada
, mas não conseguiu realizar o evento em virtude do início da Segunda Guerra Mundial. Quatro anos depois, o evento aconteceria em Londres, mas também foi cancelado.