"Barrada" nos EUA por conta da Covid, brasileira se prepara para UFC Abu Dhabi

Luana Dread encararia Ariane Lipski no UFC Las Vegas em junho, mas por conta da pandemia governo barrou a entrada de brasileiros

A brasileira Luana Dread enfrentaria a também brasileira Ariane Lipski no UFC em Las Vegas, no último dia 13 de junho. O Ultimate vem realizando diversos eventos por lá durante a pandemia do novo coronavírus, com portões fechados. A atleta estava praticamente pronta para embarcar para os Estados Unidos, quando poucos dias antes recebeu a notícia de que a luta estava cancelada por conta do governo americano impedir a entrada de pessoas vindas do Brasil devido ao avanço da pandemia aqui.

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Luana Dread, do UFC
Foto: Reprodução/Instagram
Luana Dread, do UFC


A notícia caiu como um balde água fria para Luana, que já estava na semana de corte de peso para seu segundo combate no Ultimate. A luta foi remarcada para o próximo dia 18 de julho, em Abu Dhabi, onde o UFC realizará sequência de eventos. “Quando recebi a noticia do adiamento eu fiquei triste porque já estava na semana de corte de peso e já me preparando para viajar. Mas, foi muito bom pois tive mais tempo de me preparar", disse ela em entrevista exclusiva ao iG Esporte .

Agora, ela diz estar 100% para a luta e melhor do que estaria para lutar no dia 13. "Consegui fazer meu camp inteiro na Capital da Luta, hoje estou até morando aqui perto : casa, academia, academia, casa".

Foto: Arquivo pessoal
Luana vem fazendo testes do Covid-10


Lucas Mineiro, ex-UFC e treinador de Luana conta que já esperava o adiamento da luta por conta do coronavírus. "Quanto mais tempo ela tem para treinar, mais preparada ela chegará. Aí assim, tivemos 6 semanas, onde a Luana pode treinar melhor ainda do que já estava treinando", disse.

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Outra vantagem do adiamento foi o corte de peso, que agora é feito com mais calma. "O que mudou neste tempo foi que fiquei longe da família, do meu noivo, para morar aqui perto para poder treinar e me prevenir", disse a atleta.

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Lutar em meio a pandemia

Com certeza não será uma luta qualquer para Luana. Os eventos estão acontecendo com portões fechados e restrição de pessoas, mas isso parece não afetar a lutadora. "Lutar em meio a uma pandemia é totalmente diferente mais por causa de toda a preparação, a luta em si, lá dentro é normal", conta.

Antes de saber que iria lutar, a atleta conta que estava "comendo de tudo", mas desde que foi chamada para a luta do dia 13, que foi adiada, ela voltou para a rotina alimentar. "Na primeira semana, quando cheguei para o camp o ritmo foi muito mais intenso, e a gente acaba sentindo um pouco até o corpo adaptar, normal. Mas agora já esta tudo normal".

Ainda aqui no Brasil - Luana viaja para Abu Dhabi na quarta-feira (01) - está tomando todos os cuidandos e realizando testes, assim como sua equipe. “Todos os cuidados foram feitos aqui na academia para esse camp da Luana, do álcool ao protetor fácil, mascaras etc. A Capital da Luta conseguiu disponibilizar para nós, atletas, semanalmente o teste do COVID, então tivemos um pouco de tranquilidade e segurança para treinarmos em meio a esta pandemia. Uma adaptação radical que não estávamos acostumados", disse Lucas Mineiro.

Foto: Arquivo pessoal
Luana e sua equipe


Portões fechados

Luana não se incomoda de lutar sem torcida, apesar de ser diferente. " É lógico que é muito gostoso ter a torcida, a vibe da galera mas eu já lutei no Contender e lá também não tinha torcida , nem música tinha (risos) agora vai ter. No octógono é só eu e ela então não muda", comenta.

Expectativa

Questionada sobre sua expectativa para a luta, ela é direta: a melhor. "Estou me sentindo bem. Vai ser uma ótima luta para quem gosta de assistir trocação, MMA". O treinador concorda. "A estratégia da Luana é vencer independente de onde seja: no muay thai, boxe, Wrestling, jiu jitsu. Ela se encontra em uma grande fase, vindo de uma grande vitória do Contender contra uma atleta invicta com 9 vitórias e depois encarou a Pedrita no UFC, uma atleta que tem nome por ter feito grandes lutas. A Luana esta em ascendência e vem feliz. Vai ser uma grande luta como todas que ela já fez", exalta ele, que crê na vitória dela.

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Após a luta, e a esperada vitória, Luana quer ficar com sua família e já retornar aos treinos."Não tenho pressa de nada. Não quero ganhar 2 e já pedir cinturão, quero ganhar lutas, melhorando em cada uma e crescendo aos poucos dentro do UFC ", finaliza.