Acusado de não pagar R$ 5 milhões em impostos, Guga chora durante audiência
Gustavo Kuerten usou o nome da sua empresa para declarar os patrocínios recebidos na época que estava em atividade
Por iG São Paulo |
Que Gustavo Kuerten, o Guga, é um ídolo nacional, ninguém tem dúvida. Mas esse status não impediu que a Receita Federal fizesse uma grave acusação contra o ex-tenista, que teria usado sua empresa pessoal para recolher menos impostos sobre patrocínios recebidos.
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Por conta disso, Guga precisou comparecer a uma audiência do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), em Brasília, para se defender. O total cobrado gira em torno de R$ 5 milhões, valor referente a verba de patrocinadores entre os anos de 1999 e 2002 - para a entidade, era necessário que ele declarasse o recebimento do dinheiro como pessoa física, e não jurídica.
Segundo informações do "Estadão", Gustavo Kuerten chegou a tomar o microfone para fazer sua defesa e até chorou quando falava com as autoridades na capital do País. No julgamento, ele foi tietado pelos integrantes do conselho, que quase pediram desculpas ao votar contra o tenista, mas não hesitaram no pedido de tirar fotos.
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“É difícil ouvir que nossa dedicação durante tantos anos pode ter virado uma mentira para estas pessoas. Mesmo um atleta, que para alçar voos mais altos precisa de uma estrutura mais profissional, uma empresa para gerenciar sua imagem e recursos, aqui no Brasil tem que provar inocência”, disse o ex-tenista.
"O tenista vai estar sempre no nosso coração, nosso querido Guga que todo o Brasil conhece o trabalho. Mas, independentemente disso, estamos tratando de uma questão tributária, que não tem a ver com a emoção e temos que separar essas coisas", disse Maria Helena Cotta Cardozo, conselheira do caso, que será retomado em novembro.
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Gustavo afirmou que abriu sua empresa para poder gerenciar os direitos de imagem e suas atividades profissionais. Os impostos no Brasil sobre uma empresa estão fixados em 20%, enquanto a pessoa física paga 27,5%.
CONQUISTAS
Guga conquistou o público brasileiro com seu jeito carismático após ser tricampeão de Roland Garros (1997, 2000 e 2001) e chegar ao topo do ranking mundial. Durante os Jogos Olímpicos do Rio, ele foi comentarista na "Rede Globo" e fez tanto sucesso pelo seu estilo que foi apelidado de "labrador humano", em alusão à raça labrador, conhecida por ser muito brincalhona.