Ex-presidente do Vasco critica Pedrinho e vê tentativa de ‘inflar’ dívidas no balanço

Jorge Salgado compara critérios de clubes e diz que "não há nada que justifique" aumento de dívidas no clube

Jorge Salgado critica Pedrinho, atual presidente do Vasco
Foto: Foto: João Pedro Isidro / Vasco
Jorge Salgado critica Pedrinho, atual presidente do Vasco

Ex-presidente do Vasco, Jorge Salgado rebateu as acusações de Pedrinho, o atual mandatário. Em carta nesta sexta-feira (6), o ex-dirigente questionou uma suposta contingência de R$ 29 milhões com a SAF no balanço financeiro do clube de 2023.

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“Ora, se o clube não reconhece esse valor, por que o contabilizou como contingência. Não há nada que justifique essa medida, a não ser que a intenção seja, supostamente a de inflar o “passivo” do clube e criar um cenário de “terra arrasada”, para depois se apresentar como o “salvador da pátria”, que conseguiu reduzir um “passivo”, que não condizia com a realidade. Espero sinceramente que isso possa vir a ser corrigido”, escreveu Jorge Salgado.

O ex-presidente, além disso, ainda disse que a diretoria do Vasco deveria tratar a procura por um novo investidor como prioridade.

“É claro que o clube deve tomar as medidas necessárias para defender seus legítimos interesses e proteger seu patrimônio, e a legislação societária e empresarial oferece diversos mecanismos voltados à proteção da companhia e dos direitos dos acionistas. Todavia, a forma como o clube tem tratado o assunto preocupa aqueles que entendem que o foco absoluto da atual gestão deveria ser a busca de um novo investidor para garantir o fortalecimento e a continuidade do Vasco SAF”.

Jorge Salgado, aliás, ainda lamentou ter que se posicionar contra as acusações de Pedrinho. Ele enfatizou que votou no atual presidente e se colocou à disposição para ajudar o Vasco.

O que diz o Vasco

De acordo com o clube, o aumento da dívida se deveu, principalmente, à nova classificação de processos judiciais cíveis e trabalhistas. O Vasco classificou como “perda judicial provável” a soma de R$ 143 milhões em processos – sendo R$ 118,8 milhões trabalhistas e R$ 24,2 milhões de natureza cível.

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