Textor garante Botafogo dentro das regras do fair play financeiro

Dono do Alvinegro ainda faz críticas ao modelo na Europa e afirmou que só "os grandes, com rendimentos globais, são permitidos gastar"

Textor comenta sobre o fair play finaceiro
Foto: Foto: Vítor Silva/Botafogo
Textor comenta sobre o fair play finaceiro

Dono da SAF do Botafogo, John Textor comentou sobre as recentes discussões a respeito do fair play financeiro no futebol brasileiro. Durante a apresentação de Adryelson e Vitinho, nesta quarta-feira, o mandatário garantiu que o Alvinegro está dentro das regras. Além disso, ele ressaltou que o contrato que assinou para se tornar acionista majoritário exige que ele faça tais investimentos.

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“Nós estamos atuando em compreensão com o fair play financeiro. Estamos gastando 45% dos nossos rendimentos em salário. O que estamos fazendo com o nosso capital é investir em construções e contratos de jogadores que vão crescer em valor”, destacou.

”Quero lembrar a todos que eu vim para cá por causa do conhecimento dos legisladores, que criaram a Lei da SAF. A Lei da SAF convidou os investidores estrangeiros, o dinheiro viria de fora para dentro do Brasil. Isso é bom não só para o futebol, mas como para a economia brasileira. Eu assinei um contrato que exigia eu investir no clube, não apenas operar, mas investir fortemente no clube, nas estruturas, nos jogadores… A Lei da SAF exigiu que eu investisse, e eu estou investindo”, disse.

Crítica à Europa

O empresário também criticou o fair play da Europa. Para ele, tal regra privilegia apenas os mais ricos.

“Vamos começar com a definição de fair play financeiro, parece ser algo óbvio, todos querem fair play. Não é o que a expressão significa na Europa, se você for ao meu site verá que falo sobre isso. O termo fair play financeiro é uma fraude, porque não é justo o suficiente. Fala que os times só podem gastar 75% das receitas com salários de jogadores”, começou por afirmar.

John Textor, aliás, apontou que há diversos clubes pequenos que, mesmo com o investimento de mega bilionários e com “bastante dinheiro”, porém não são permitidos gastar como os grandes clubes.

”É uma regra na Europa para permitir que os grandes times, com suas grandes marcas, como Liverpool, Manchester United, de gastar mais dinheiro. Isso não é justo! O Crystal Palace tem que jogar contra o Manchester United, que é pode gastar mais com jogadores, não há paridade financeira”, destacou.

Recado aos clubes brasileiros

Textor, aliás, aproveitou para mandar um recado aos clubes que participaram de um encontro realizado na CBF, na última segunda-feira (3), para debater as regras do fair play financeiro no país.

”Estou construindo uma relação com Pedrinho, presidente do Vasco. O Vasco tentou executar a SAF, seu contrato exigia os investidores a investirem até mais do que eu sou obrigado. Achei muito peculiar que o Pedrinho estivesse nesse encontro falando sobre fair play financeiro, só porque sua SAF não funcionou tão bem. Ele tentou fazer a mesma coisa, não funcionou e agora ele está em uma reunião onde não fui convidado reclamando sobre como investimos? Se a 777 ainda estivesse aqui, o Vasco estaria fazendo a mesma coisa agora”, disse.

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