Ttrês jogadores foram presos no Panamá sob suspeita de manipular resultados na Liga Panamenha de Futebol (LPF), a principal competição do esporte no país, segundo informou a Procuradoria-Geral nesta terça-feira (3). No entanto, os nomes dos jogadores e dos clubes envolvidos acabaram não sendo divulgados.
“Até o momento, dois jogadores da liga e um ex-jogador foram detidos”, anunciou a instituição em sua conta na rede social ‘X’.
“Essa operação começou após uma denúncia feita pela Federação Panamenha de Futebol contra jogadores que estavam manipulando resultados” na primeira e na segunda divisão da liga, explicou o procurador Emeldo Márquez, responsável pelo combate ao crime organizado.
“Com base nessa investigação, o Ministério Público emitiu ordens de prisão por crimes contra a ordem econômica”, acrescentou Márquez em um vídeo.
A LPF é uma liga semiprofissional, sem grandes centros de treinamento ou estádios modernos, exceto o Rommel Fernández, onde a seleção do Panamá joga, na Cidade do Panamá.
Os jogos atraem pouco público e os jogadores recebem um salário médio de cerca de 2.500 dólares por mês. Além disso, em 2022, eles chegaram a fazer uma greve para reivindicar o direito à seguridade social e outras garantias trabalhistas.
Denúncia de ex-técnico da seleção panamenha dá início às investigações
Em 2023, Gary Stempel, ex-técnico da seleção panamenha, denunciou a suposta manipulação de resultados na liga.
“Fala-se sobre manipulação de resultados, que é um escândalo, mas a imprensa se cala. A liga já perdeu credibilidade”, afirmou Stempel.
Além disso, em 2021, a Federação Panamenha de Futebol (FPF) lançou um programa para denunciar possíveis manipulações e alertou os clubes que não iriam tolerar essas práticas.
Dessa maneira, a FPF incentivou os clubes a fazerem denúncias, inclusive de forma anônima, caso alguém soubesse de manipulação de resultados ou apostas ilegais.
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