Dono da SAF do Botafogo, John Textor venceu o “primeiro round” da batalha judicial contra o árbitro Rafael Traci. Responsável pelo VAR de Botafogo x Palmeiras no Campeonato Brasileiro de 2023, Traci ajuizou ação, requerendo que o seu nome não fosse mais mencionado pelo empresário americano.
Os advogados do árbitro de vídeo pediram, ainda, uma indenização de R$ 100 mil, bem como a exclusão, em caráter de urgência, de duas publicações de Textor nas redes sociais que acusam o juiz de manipulação na referida partida. A defesa alegou, no documento, que a postagem ataca a honra do seu cliente e da classe de árbitros do futebol brasileiro.
Contudo, nesta quarta-feira (28), a magistrada Bruna Richa Cavalcanti de Albuquerque, da 4ª Vara Cível de Curitiba, indeferiu o pedido liminar dos advogados de Traci, justificando que a proibição de citar o nome do profissional configuraria um ato de ”censura”.
”No caso concreto verifica-se que a publicação já se aproxima de três meses nas redes sociais e, ainda, já teve, inclusive, exposição na mídia, ou seja, não se vislumbra, atualmente, ainda estejam repercutindo consideravelmente nos meios sociais”, diz trecho da decisão da juíza.
“…impedir o réu de citar o nome do autor é vedação por demais excessiva, pois se pretende censurar previamente qualquer tipo de manifestação, o que, por certo, não se faz possível pelos fundamentos anteriormente invocados. Por isso, indefiro o pedido de tutela de urgência”, aponta trecho final da sentença interlocutória.
Textor e Traci: audiência de conciliação nos próximos dias
O motivo da discórdia entre as partes foi o lance em que Adryelson cometeu falta em Breno Lopes. Naquele momento, o Botafogo derrotava por 3 a 1 o Palmeiras. Na ocasião, o árbitro Braulio da Silva Machado aplicou cartão amarelo e foi sugestionado pelo VAR a rever o lance. Após a revisão, o juiz expulsou o zagueiro. O Glorioso, aliás, perdeu de vorada por 4 a 3, no Nilton Santos, no Rio de Janeiro.
Inconformado, John Textor fez uso de suas redes sociais para contar como a suposta interferência teria ocorrido. Em sua análise, o empresário indica que Rafael Traci não mostrou as melhores imagens do lance para Bráulio. Na visão do dono da SAF alvinegra, Adryelson não merecia a expulsão porque o atacante do Palmeiras que sofreu a falta, não estava na direção do gol.
Uma audiência de conciliação deve ser realizada nos próximos dias, porém a tendência é a de que as partes não cheguem a um entendimento pacífico sobre o tema de discussão.
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