CBF se manifesta sobre as mortes de Antero Greco e Silvio Luiz

Entidade divulga notas em que lamenta os óbitos de dois ícones do jornalismo esportivo brasileiro como comentarista e narrador

Antero Greco em seu período como apresentador do Sportcenter na ESPN
Foto: Foto: Reprodução de vídeo
Antero Greco em seu período como apresentador do Sportcenter na ESPN

A CBF, que já tinha feito homenagem a Washington Rodrigues, emitiu comunicados sobre as mortes dos jornalistas Antero Greco e Silvio Luiz, que assim como Apolinho morreram nas últiams horas. Ambos simbolizaram ícones da mídia esportiva no Brasil. O primeiro teve maior destaque como apresentador e comentarista nos canais ESPN por anos. Além de mais de 40 anos na mídia impressa do Estadão. Enquanto o segundo se sobressaiu como narrador.

Antero Greco veio a óbito na madrugada da última quarta-feira para esta quinta (16), por consequências de um tumor cerebral. Já Silvio Luiz teve a confirmação de sua morte, nesta manhã por falência múltipla de órgãos. Confira as notas da CBF para a morte dos dois.

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Homenagem da CBF a Antero Greco

Um dos maiores jornalistas de sua geração, dono de um estilo próprio em que misturava bom humor, senso crítico e acima de tudo lealdade, Antero Greco faleceu nesta quinta-feira (16), aos 69 anos, vítima de um tumor no cérebro. Ele estava internado no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, havia meses para tratar da doença.

ESTADÃO E ESPN

Antero sobressaiu na mídia impressa e na TV. Trabalhou por mais de quatro décadas no Jornal O Estado de S. Paulo e por vários anos no comando do programa SportsCenter, da ESPN, em parceria com Paulo Soares, o Amigão.

Cobriu várias Copas do Mundo, Olimpíadas e demais eventos internacionais. Nunca escondeu sua paixão pelo Palmeiras e os últimos títulos do clube lhe serviram como bálsamo enquanto lutava pela vida.

AMOR PELO FUTEBOL

“A CBF lamenta a morte de Antero Greco, um dos maiores jornalistas do Brasil. Sua trajetória profissional e seu amor pelo futebol foram marcantes. Neste momento, a CBF presta solidariedade aos seus familiares e amigos”, disse o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

evoto de São Francisco de Assis, casado com Leila, com quem teve dois filhos, Antero era um colecionador de imagens do santo nascido em família nobre que e fez a opção de um uma vida sem recursos materiais voltada para os mais pobres.

Pelo Estadão, Antero foi revisor, repórter, colunista e editor. Tinha a vocação de liderar com zelo e profissionalismo, destacando-se como mediador. Filho de imigrantes italianos, não tolerava injustiças e exercia a solidariedade como um hábito diário.

DUPLA DE SUCESSO

Na parceria com o Amigão, atuou por mais de 20 anos, numa das duplas de mais sucesso e duradouras da TV brasileira. Os dois discutiam com irreverência assuntos relevantes do esporte, sem deixar de lado o profissionalismo, com o enfoque jornalístico dos casos.

Formado em jornalismo pela USP, Antero também trabalhou na Folha de S.Paulo, na Band e no extinto jornal Popular da Tarde. O jornalista escreveu dois livros: “Seleção Nunca Vista” e ”A Goleada”. Tinha amor pela literatura e gostava de presentear os amigos com bons livros.

A despedida do jornalista será no Cemitério do Redentor, em São Paulo, ao meio-dia desta quinta-feira. O enterro está previsto para as 16 horas.

Silvio Luiz

A CBF lamenta a morte do narrador esportivo e ex-ábritro Silvio Luiz, nesta quinta-feira (16), aos 89 anos.

Silvio Luiz passava por problemas de saúde desde o dia 7 abril, quedo passou mal enquanto narrava a final do Paulistão. Permaneceu por 23 dias em observação e sob cuidados médicos. Voltou a ser hospitalizado no último dia 11 de maio no Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo, onde faleceu.

“O Silvio Luiz era uma craque do jornalismo. Além de saber tudo sobre o esporte, ele sempre nos passava alegria e nos divertia nas suas narrações. A CBF presta solidariedade a seus familiares e amigos neste momento de dor”, afirmou o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

Silvio Luiz Peres Machado de Souza nasceu em 1934, em São Paulo. Antes de ingressar na carreira de jornalista e narrador esportivo, foi árbitro de futebol , atuando entre o final dos anos 60 até o começo dos anos 70.

Amor pelo futebol

Narrou diversas Copas do Mundo e foi uma das importantes vozes do jornalismo esportivo do país. Além disso, são dele bordões que conquistaram o público e torcedores Brasil afora, entre eles “Olho no lance”; “Pelas barbas do profeta” e “Pelo amor dos meus filhinhos”.

Seu último trabalho foi na TV Record, onde era responsável por comandar a transmissão de jogos do Campeonato Paulista com um toque de irreverência, ao lado dos humoristas Carioca e Bola.

Era casado com a cantora Márcia e deixa três filhos: Alexandre, Andréa e André.

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