Em ascensão, Vasco reencontra o Santos após polêmica no primeiro turno

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Vasco perdeu para o Santos por 1 a  0 no primeiro turno, em São Januário
Foto: Daniel Ramalho/Vasco
Vasco perdeu para o Santos por 1 a  0 no primeiro turno, em São Januário

Após três vitórias seguidas, o Vasco , enfim, deixou a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro e sonha em alçar voos maiores na reta final da competição. No próximo domingo (1), a equipe reencontra o Santos, na Vila Belmiro, depois do confronto no primeiro turno, que foi cercado por polêmicas. Na ocasião, o então treinador Maurício Barbieri recebia as primeiras vaias da torcida, em São Januário, com a derrota por 1 a 0, com gol de Deivid Washington.

Esse duelo antecedeu o revés para o São Paulo, quando o Cruz-Maltino entrou de vez no Z4 e por lá ficou dezessete rodadas consecutivas. Durante o confronto, na Colina Histórica, três lances polêmicos tomaram conta dos noticiários no dia seguinte e causaram a revolta dos vascaínos. Diante disso, a direção do clube carioca formalizou uma reclamação junto à CBF.

Em nenhum dos lances, o árbitro Rodrigo José Pereira de Lima (PE) consultou o VAR para averiguar qualquer irregularidade. No primeiro, os jogadores cruz-maltinos reclamaram de um possível pênalti e alegaram que a bola tocou no braço de Messias. Já no segundo, o Vasco salientou que a bola tocou no braço de Joaquim, do Peixe, em uma disputa com Pedro Raul, pelo alto.

No fim da partida, o então camisa 9 recebeu na área e alegou que foi derrubado por Rodrigo Fernández, antes de finalizar para o gol. Por outro lado, Wilson Luiz Seneme, chefe da Comissão de Arbitragem da CBF, disse que esse lance foi interpretativo. Além disso, o profissional informou que o árbitro acertou nas duas jogadas anteriores em não assinalar os possíveis pênaltis.

Declaração infeliz

Depois da derrota para o Santos, Maurício Barbieri complicou ainda mais sua vida no comando do Vasco. O treinador foi infeliz ao dizer que o adversário está acostumado a jogar na elite e nunca foi rebaixado. Quatro dias depois, o então treinador pediu desculpas à torcida, porém viu o relacionamento degringolar de vez e o time se solidificar no Z4 no primeiro turno.

“Para um paciente que está na UTI, não dá para esperar que ele vai pular da cama e sair correndo, mas dá para esperar que ele vai se reerguer. Estamos nesse processo. O Santos nunca foi rebaixado e está acostumado a jogar na elite, e fomos infinitamente superiores. Temos que traduzir isso em resultados finais de jogo”, afirmou o treinador.

“Fiz questão de estar aqui presente. Acho importante na condição de ser humano e responsável por aquilo que faço, pedir desculpas. Escolhi mal as palavras e gerei um desconforto no torcedor, maior patrimônio do clube. Quero me desculpar. Quero reforçar o sentimento de privilégio que tenho por defender essa camisa, essa história e esse escudo. O Vasco é mais do que um clube. Tem uma história de luta por valores e princípios dos quais eu defendo. É um privilégio. Meu maior desejo é ter sucesso com esse clube. O Vasco vai voltar a trilhar os caminhos da vitória como fez anteriormente. Uma história gigante. Por isso gostaria de pedir desculpas ao torcedor”, se desculpou Barbieri.

Arrancada e luta pela permanência

Ao fim do duelo do primeiro turno, a torcida do Vasco vaiou a equipe, que já dava indícios de ineficiência na criação de jogadas. Sem força para reagir, perdeu na semana seguinte para o São Paulo, no Morumbi, e entrou de vez na zona de rebaixamento. O Santos, por sua vez, somava 10 pontos e estava no G6, ainda sob o comando de Odair Hellmann.

Cinco meses depois, o cenário é bem diferente. Ao longo desse tempo, a SAF cruz-maltina foi ao mercado e trouxe reforços certeiros, que têm dado conta do recado. Com Ramón Díaz à beira do campo, o Gigante da Colina voltou a ser competitivo e emendou três vitórias seguidas, deixando o Z4 para trás.

Do outro lado, o Peixe venceu o Bahia na última rodada, contudo ainda patina na competição e vê o perigo de uma queda inédita se tornar cada vez mais forte. De acordo com dados da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a equipe comandada pelo interino Marcelo Fernandes tem 55.6% de chance de cair. Por outro lado, o time carioca diminuiu as chances para 24.3% e vê um sopro de esperança com as recentes atuações.

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