O técnico Bruno Lage ficou satisfeito depois do empate sem gols entre São Paulo e Botafogo , no sábado. O português relembrou a sequência invicta de 17 jogos, entre Brasileirão e Sul-Americana, e elogiou o comportamento dos jogadores alvinegros no Morumbi.
“Nós permitimos algumas transições ao adversário, porque também acreditava que podíamos fazer um gol e vencer. No fundo, faltou alguma inspiração. Em determinados momentos podíamos ter feito mais nas chances criadas e sermos mais assertivos, mas não faltou transpiração. A equipe se comportou muito bem. Veio para um estádio difícil, pressionamos sempre que possível, pressionamos alto e procuramos pela bola. Esta é a identidade que queremos passar. São 17 jogos sem perder, é um trabalho de equipe e hoje somamos mais um ponto na nossa caminhada”, afirmou Bruno Lage, durante entrevista coletiva.
Estreia de Diego Costa
O técnico também fez uma análise da estreia de Diego Costa pelo Glorioso. O atacante, afinal, entrou em campo aos 29 minutos do segundo tempo e conseguiu participar das ações ofensivas do time na reta final do jogo. O treinador, inclusive, fez questão de revelar uma situação inusitada entre o espanhol e Tiquinho Soares.
“Ele (Diego Costa) até ficou um pouco surpreso de ter vindo logo. Mas eu senti que ele podia fazer boa entrada e fez. É um jogador experiente, que segurou a bola e tentou ligar os pontas e o meia. Ele chegou com um espírito muito bom. Ele tem dito que está aqui para ajudar e para se marcar e referenciar principalmente pela grande temporada do Tiquinho. No primeiro dia eles até almoçaram juntos. O Diego serviu café para o Tiquinho. Que ele me perdoe por partilhar coisas internas, mas acho que merece ser compartilhado. Ele foi servir um cafezinho ao Tiquinho. Destes 20 minutos que ele jogou, vamos começar a aumentar para que ele tenha um maior volume de jogo”, afirmou Bruno Lage.
O Botafogo, aliás, segue na liderança isolada do Brasileirão com 11 pontos de vantagem. O Glorioso entra em campo na próxima quinta-feira (24), diante do Defensa y Justicia, às 19h, no Nilton Santos, pelo jogo de ida das quartas de final da Sul-Americana.
Confira outros trechos da entrevista de Bruno Lage
Ausência de jogadores na Seleção
“Ser treinador é muito difícil. Hoje eu tive que escolher os 11, tive que fazer cinco alterações e tive que fazer uma convocatória (convocação). Há um ano e meio atrás, numa convocatória da seleção do Brasil, ninguém ia perguntar dos jogadores do Botafogo. E isso é o que nos deixa realmente muito orgulhosos. Há alguma coisa de bem que os jogadores estão fazendo. Isso me deixa mais satisfeito, independentemente de haver convocados ou não. Foi isso que nós passamos e foi isso que nós sentimos da equipe. É continuar trabalhando, é continuar fazendo jogos como fizemos hoje. É criar oportunidades e tentar marcar os gols nas oportunidades que criarmos. O nome da equipe do Botafogo que se realça”.
Ataque do Botafogo
“O Janderson é o exemplo perfeito daquilo que é um jovem valor e que nós não podemos colocar uma pressão tremenda em cima dele. Quis ver outros jogadores naquela posição, optei pelo Júnior (Santos) primeiro, porque Júnior já tinha jogado naquela posição e o Carlos Alberto também vinha desempenhando muito bem naquela posição. Eu senti que hoje a equipe poderia iniciar da mesma forma que iniciou na segunda parte, e o Janderson fez um bom jogo. Um jogo seguro, pressionou bem, percebeu muito bem as situações da saída de bola do adversário. E ele foi muito inteligente em interpretar isso. Tivemos claras situações de gols. É isso que nós queremos. Sem nunca lhe colocar uma pressão tremenda de ser substituto do Tiquinho e deixá-lo sempre confortável”.
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