Auxiliar de Milito avaliou como positivo o empate com o São Paulo: ‘acabou ficando de bom tamanho’
Marco Aurélio Menezes
Auxiliar de Milito avaliou como positivo o empate com o São Paulo: ‘acabou ficando de bom tamanho’

Com a ausência do treinador Gabriel Milito, o auxiliar técnico Lucas Gonçalves foi quem concedeu a entrevista coletiva após o empate do Atlético-MG em 2 a 2, com o São Paulo, na partida válida pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro, no Estádio do MorumBis, neste sábado (23/11).

Ele analisou o resultado do confronto como “de bom tamanho”, por conta do volume de jogo gerado pelos tricolores depois de terem sofrido dois gols nos 20 primeiros minutos de jogo. Lucas ainda lamentou a lesão do meio-campista Matías Zaracho e revelou o que gerou a confusão, na qual o lateral-direito Mariano foi expulso. Outro ponto da coletiva foi a relação da estratégia adotada no jogo deste sábado com a final da Copa Libertadores da América.

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Lucas disse que a estratégia de iniciar em um modelo 4-3-3 foi crucial para largar na frente, mas que com o aumento do ímpeto tricolor, o treinador Gabriel Milito precisou alterar a maneira de jogar.

— O início do jogo foi bem positivo. A gente conseguiu logo de cara fazer o gol que, circunstancialmente, acaba nos dando uma confiança para reforçar o plano de jogo. A ideia se sustentou e conseguimos o segundo gol numa bola parada, que também é uma parte importante do jogo, a gente tem que valorizar isso. A ideia era continuar com o mesmo desempenho jogando de igual para igual para buscar o terceiro gol. O São Paulo começou a ter um pouco de vantagem, principalmente, pelos lados e, a partir daí, a gente começou a sofrer umas situações de gol, tanto que no intervalo a ideia do Milito foi mudar um pouco o sistema, fazer uma linha de cinco, proteger muito mais o lado do campo principalmente nos duelos com o Lucas e com o Ferreirinha — iniciou.

Depois de um longo período sem atuar, Zaracho vinha sendo opção da equipe desde a partida contra o Flamengo, no primeiro jogo das semifinais da Copa do Brasil. Mas se lesionou e saiu de campo chorando. O assistente lamentou mais uma contusão e disse que o clube continuará apoiando o atleta.

— O Zaracho é uma pena. A gente vê o quanto ele trabalha no dia a dia, o quanto ele está dedicado para poder voltar e contribuir, da mesma forma que ele sempre contribuiu. Infelizmente tem acontecido isso com frequência, ele é um profissional extremamente dedicado e quer muito estar participando dos jogos, mas são situações que acontecem na carreira dos jogadores. É claro que ele ficou muito chateado com isso e a gente vai dar todo o apoio, como a gente sempre deu para ele — disse.

Os jogadores do Galo pareciam abalados emocionalmente desde a partida contra o Botafogo, na última rodada do Campeonato Brasileiro, e contra o São Paulo não foi diferente. O lateral-direito Mariano acabou sendo expulso no fim da primeira etapa e Lucas comentou que os jogadores questionaram a não marcação de uma penalidade e uma falta cometida no lance do segundo gol paulista. 

— Teve a situação do pênalti, a mão. Os jogadores estavam realmente cobrando muito isso do árbitro, que poderia fazer um 3 a 1 ali, a partida se modificaria para uma outra história e a situação também do segundo gol. Uma possível falta em cima do Fausto Vera, que acabou gerando contra-ataque e o passe do Lucas para o gol do André — revelou .

O auxiliar afirmou que ainda não foi decidido se o Atlético irá poupar jogadores contra o Juventude na próxima rodada do Brasileirão. Mas que confia que o Milito irá montar uma estratégia adequada.

— Ainda não foi conversado sobre isso. O Milito tem esses dias para pensar, estudar e ver como é que vai ter sido a recuperação dos jogadores. Ainda temos esse jogo, que é importante contra o Juventude. Ele certamente vai montar uma estratégia, claro, também, pensando nesse jogo da final da Libertadores. Mas antes temos esse desafio importante para nós ainda e certamente ele vai organizar de uma forma muito boa para que a gente consiga, tanto vencer primeiro esse jogo em casa, contra o Juventude, assim como conquistar o título da Libertadores — disse.

O auxiliar ressaltou que o acúmulo de jogos por estar disputando títulos em várias frentes acabou gerando um desgaste mental e físico dos atletas.

— Há uma série de aspectos que você vai juntando durante o ano. A gente já está no final de temporada, a gente sabe o quanto é desgastante. O Atlético vai ser o único clube do Brasil que vai jogar todos os jogos possíveis da temporada. Isso gera um desgaste não só físico mas mental. Então, a gente tem que entender esse momento tem que saber trabalhar e aí vem a importância da força do elenco e o Milito tem usado isso de uma forma muito positiva. É só acompanhar a rotatividade que tem acontecido — disse.

Lucas falou sobre a mudança de postura nos últimos jogos, em que o Atlético tem esperado mais o adversário, procurando explorar os contra-ataques. Ele afirmou que esta, não necessariamente, será a estratégia adotada na final do torneio continental, pois o elenco permite a flexibilidade no modelo de jogo.

— O Milito, a gente sabe que ele tem um DNA de jogo mais ofensivo, que gosta, obviamente, da posse de bola, mas, também, ele tem demonstrado um repertório tático muito interessante. A gente tem que entender que cada jogo tem a sua história, cada adversário vai te exigir de alguma forma. Ele poder criar esse tipo de repertório na equipe é importante para não insistir em uma só ideia. Sendo que aquela ideia, naquele jogo, naquele momento, por determinada circunstância, pode não estar fazendo efeito. Cada jogo é um jogo, o jogo do Botafogo vai ser um outro jogo, que vai ter a sua história e conforme a estratégia a gente vai ter um repertório pronto — declarou.

Perguntado se o time tinha dosado na intensidade do jogo, visando o confronto contra o Botafogo pela final da Copa Libertadores da América, o auxiliar técnico negou e disse que a estratégia era corrigir os problemas defensivos para, então, agredir o adversário.

— A gente estava jogando o jogo pensando no São Paulo. O que aconteceu no segundo tempo foi em relação a estratégia, de armar uma linha de cinco, colocar jogadores que estavam mais frescos, porque alguns jogadores acabaram cansando. Foi a troca do Igor Gomes para colocar um pouco mais de força, de energia, dentro da partida, para que não acontecesse isso. Não acho que baixou a intensidade. A equipe procurou primeiro resolver um problema que era se defender, para diminuir as possibilidades de sofrer o terceiro gol, para a partir daí, a equipe conseguir atacar e ter a possibilidade de vencer o jogo. O primeiro problema se resolveu. Acredito que no segundo tempo, o São Paulo não teve tantas possibilidades como teve no primeiro, mas, infelizmente, a parte ofensiva acabou não gerando muito essas possibilidades de gol e o empate acabou ficando de bom tamanho — finalizou.

Com o resultado, a equipe chegou aos 44 pontos e subiu à décima colocação do Campeonato Brasileiro, ficando três abaixo do Cruzeiro, time que abre o G7. Na próxima rodada, o Galo recebe o Juventude, na terça-feira (26/11), pela 36ª rodada da competição, ainda sem local definido por conta da interdição da Arena MRV.

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