COB culpa natureza por resultado abaixo do esperado nas Olimpíadas de Paris

Dirigentes citaram "ondas, ventos e contratempos" para justificar baixo número de medalhas de ouro

Paulo Wanderley é o presidente do COB
Foto: Jonas Moura
Paulo Wanderley é o presidente do COB

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) culpou a natureza por não conseguir quebrar o recorde de medalhas nas Olimpíadas de Paris 2024 . Nesta edição, a delegação brasileira ficou com 20 pódios , um a menos em relação aos Jogos de Tóquio 2020 , quando registrou seu melhor desempenho da história.

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"Se não fossem algumas ondas, alguns ventos e alguns contratempos que aconteceram ao longo dos Jogos Olímpicos, possivelmente a gente teria quebrado o recorde", comentou o diretor de Esporte do COB, Ney Wilson , em balanço feito à imprensa na Casa Brasil, neste domingo (11).

Segundo o diretor, as condições climáticas atrapalharam melhores resultados no surfe e na vela. Além disso, ele acredita que a lesão de uma das atletas da ginástica rítmica tirou a oportunidade do Brasil melhorar seu ranqueamento.

"Eu digo o seguinte, o atleta tem que estar muito preparado e ter sorte. Não é a sorte que faz ele ganhar. O que faz ele ganhar é estar preparado. Mas, vamos lá: você tem dois especialistas, tanto a Tati quanto o Gabriel, em ondas pesadas. As ondas lá [no Taiti] estavam minguando. A gente controla isso? Não", disse Ney, em entrevista ao UOL.

"A gente teve uma GR com uma lesão para entrar no tablado. A gente controla? Não. A vela: eu estive lá em Marselha, e foi muito colocado por eles a falta de vento, o que coloca e desequilibra muito os atletas melhores tecnicamente com ventos. São circunstâncias de competição que muitas vezes não sopraram a nosso favor. Enfim, eu acho que Jogos Olímpicos é isso", acrescentou.

Presidente do COB, Paulo Wanderley adotou o mesmo discurso ao ser questionado sobre o número baixo de medalhas de ouro - foram 3, contra 7 das Olimpíadas de Tóquio. Segundo o cartola, não faltou investimento das modalidades olímpicas durante o ciclo.

"A gente não controla variáveis. Não consigo fazer com que a natureza faça onda ou ventos para a vela. Em um trabalho interno vamos verificar o que aconteceu com os atletas. Uma coisa posso afirmar: por números, estatísticas, o investimento foi maior do que em Tóquio. Toda e qualquer demanda que venha de uma confederação, de uma equipe, um técnico, foi atendida", declarou.

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