A jovem nadadora da Unisanta, Stephanie Balduccini, é a caçula da seleção brasileira de natação, com apenas 19 anos, mas já acumula uma experiência notável. Esta será sua segunda participação em Jogos Olímpicos, após ser a nadadora mais nova da seleção em 2021, com apenas 16 anos.
Nascida em São Paulo, Stephanie começou sua jornada esportiva em diversas modalidades antes de se dedicar totalmente à natação. Chegou a considerar a transição para o tênis, mas decidiu permanecer nas águas. Sua decisão de abraçar a natação como profissão veio após sua classificação para Tóquio, a maior competição do mundo.
“Comecei a levar o esporte como profissão depois que me classifiquei para Tóquio. Fiquei chocada com o meu resultado e decidi levar ele como esporte profissional”, contou Stephanie.
Mesmo com uma carreira ainda curta, ela compreende a importância de sua classificação para o esporte e para atletas da sua faixa etária.
“Eu acho muito importante, especialmente por conta da minha idade. Por ser a caçula mais uma vez na Seleção e mostrar que não tem idade para classificar para os Jogos Olímpicos. Não é isso que vai definir se você pode ser olímpico ou não. Acho importante para todo mundo, especialmente para a Baixada Santista”, destacou.
Durante sua estreia olímpica, Stephanie teve a oportunidade de conhecer suas maiores inspirações no esporte. Na equipe de revezamento 4x100m livre, ela nadou ao lado de Etiene Medeiros e Larissa Oliveira. O respeito da nadadora paulista por suas colegas começou com Etiene, que competiu com uma séria lesão no joelho, mas não deixou que isso a desanimasse. Larissa também foi fundamental, ajudando e acolhendo Stephanie durante o torneio.
“Quem também estava na delegação brasileira em Tóquio e agora é minha companheira de equipe e inspiração é Naná Almeida. Embora ela não tenha se classificado para essas Olimpíadas, ela continua com um sorriso no rosto, mostrando determinação e paixão pelo esporte”, comentou Stephanie.
Classificação após superar apendicite
Stephanie garantiu sua vaga para Paris-2024 durante o Troféu Brasil, realizada em maio deste ano no Rio de Janeiro. Apesar de ter enfrentado uma apendicite pouco antes da competição, a dor não a impediu de conquistar sua vaga nas equipes de revezamento 4x100m livre, 4x200m livre feminino e 4x100m medley misto.
A nadadora sentiu os primeiros sintomas enquanto esteve nos Estados Unidos e fez os primeiros tratamentos com antibióticos. No dia 14 de maio, Stephanie passou por cirurgia no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
“Apesar de não ter conseguido o índice individual, realizei meu sonho de participar de mais uma Olimpíada. Após o Troféu Brasil, passei por uma cirurgia, mas já estou totalmente recuperada e me preparando intensamente para a competição”, disse Stephanie, que agradeceu o suporte recebido durante sua recuperação.
Agora, com o foco em Paris, Stephanie busca retribuir o apoio recebido e está animada com a perspectiva de competir diante de torcedores, algo que não ocorreu em Tóquio devido à pandemia.
“A torcida vai ser enorme, especialmente com o movimento verde-amarelo. Meus pais vão estar lá, e ter torcida depois de Tóquio será incrível. Meus planos são contribuir positivamente para todos os revezamentos e, quem sabe, chegar a uma final”, concluiu.
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